“Sete vidas”: uma reflexão sobre Redenção

Talvez você nunca tenha ouvido falar no filme Sete Vidas, mas certamente você conhece o Will Smith, correto? Esse filme foi protagonizado pelo autor e dirigido pelo mesmo diretor do filme ganhador de diversos prêmios: “À Procura da Felicidade”. Will, após ganhar o Oscar de melhor ator, tornou-se co-autor do filme “Sete Vidas”, que estreou dois anos depois, no ano de 2008, e foi dirigido por Gabriele Muccino. 

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De cunho dramático, o enredo envolve a história de um homem que sofre depressão após um acidente de carro, a partir do qual se julga responsável pela morte de sete pessoas, inclusive da sua amada noiva. 

Sendo assim, com o intuito de se redimir da dor e do peso que carrega consigo por ter continuado vivo, decide salvar a vida de sete desconhecidos. Sem entregar o final, com ar pesaroso, sombrio e melancólico, o filme ganha de seus espectadores aplausos emocionados, porém o que poderíamos extrair de aprendizados desse enredo?

A questão que queremos trazer para ser analisada foi a escolha final feita pelo personagem, Tim Thomas.  Muitas vezes pode-se relacionar a ideia de matar a si mesmo como glória ou coragem, mas questionando a decisão do protagonista, talvez tenha sido mais fácil abrir mão da própria vida do que se redimir, pedir ajuda, superar a dor e o fardo que carregava consigo, seguir em frente e melhorar a vida não só de 7 pessoas, mas de milhares de outras vidas. 

O que queremos dizer é que o suicídio não foi heróico, mas uma fuga da vida, uma desistência da vida. Será que a única maneira de salvar as setes vidas seria tirando a sua própria? 

Tim deixou o mundo, mas o que teria acontecido se ele tivesse sido mais forte do que o seu lado mais sombrio? 

E trazendo para mais perto de nós…O que acontece se superarmos o nosso lado mais obscuro? Que vida pode se desenhar após a conquista e vitória sobre nós mesmos? A isso chamaremos Mistério. Por isso talvez o autor Steven Pressfield em seu livro “A Guerra da Arte” tenha mencionado que o maior medo não é o da derrota, mas o da vitória, e o preço e verdadeiro sacrifício que se pagará por ela. 

Pressfield também fala neste livro que a saga de vida humana se trata de superar um bloqueio entre o que somos e o que viemos ser no mundo. Entre esses dois pontos há um traçado a ser percorrido, um deslocamento a ser realizado, chamado Resistência. Essa força de Resistência é tão tremenda que usa os melhores argumentos para nos fazer parar, usa o conforto para nos manter presos nele e não sair da sua zona, usa a dor para justificar a desistência… Ela não joga leve. Mas aqueles que a superam são os que fazem história. 

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Todos temos um lado sombrio. Segundo as tradições da Humanidade, o mundo é dual, ou seja, composto por dia e noite, luz e trevas, dor e alegria, quente e frio. E da mesma maneira que um Ser Humano passa pela mais terrível noite, outro passa pelo mais ensolarado dia. Mas o mundo gira e aquele que se banhava ao sol viverá a noite e o outro verá a luz do alvorecer novamente. Assim é a vida, composta por ciclos, os quais nos cabe vivê-los plenamente nesta saga chamada Arte de Viver. 

Como então olhar a vida? Como quisermos olhar… Derrotados por nossas dores ou vitoriosos sobre as mais duras provas, pois somos dotados de algo precioso e apenas nosso, chamado livre-arbítrio. O caminho que escolhermos será o que ficará marcado em nosso livro da Vida. Qual você decide escolher? 

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