O que é ser mãe? Essa não é uma pergunta simples de ser respondida, afinal, não estamos falando apenas de ser geradora de uma nova vida, mas também de um trabalho vitalício. A maternidade – assim como a paternidade – é uma relação natural, um amor que surge mesmo antes do nascimento do filho, e pode ser vivida de maneira profunda. Se a relação mãe-filho é um símbolo da natureza, uma vez que todos os seres vivos se reproduzem, é na condição humana que esse “papel” ganha novas cores e sabores.
Dizemos isso porque ser mãe é uma condição que vai além do aspecto biológico e se expressa profundamente como um ato de amor. Por isso, hoje podemos falar sobre a maternidade nas mais diversas nuances como, por exemplo, quem se considera “mãe de pet” e até mesmo de plantas. É notório que não se trata de uma condição biológica, mas sim do afeto profundo que há entre a tutora e seus animais. Assim, podemos afirmar que mãe não é uma condição somente de gerar vida, mas também uma especial qualidade emocional, capaz de conectar outros seres e transmitir um amor sólido, puro e capaz de transformar a si mesmo.
O trabalho mais difícil do mundo
Frente a essas ideias, não nos restam dúvidas de que ser mãe é o trabalho mais difícil do mundo. Exige sacrifício todos os dias, assim como renúncia de sua vida pessoal para dedicar-se a uma nova vida que precisa da sua ajuda. O filho, afinal, nunca deixará de ser filho e a mãe, por sua vez, sempre deverá está pronta para ajudá-lo, mesmo que este já seja um adulto.
Além desse componente vitalício, ser mãe é uma das maiores responsabilidades que uma pessoa pode assumir na existência. É o momento em que outra vida depende inteiramente de você, não somente nos aspectos físicos, como na amamentação e nos cuidados gerais, mas também na formação intelectual, emocional e como ser humano. Educar outra pessoa é, acima de tudo, um ato de grande amor e generosidade, pois cabe a você apresentar o mundo, as ideias e como se relacionar em meio às mais diversas questões da nossa existência.
Desde ensinar regras de etiquetas até as terríveis contas matemáticas, tudo passa pelo seio familiar. Assim, o trabalho se converte em uma verdadeira missão na qual a única recompensa é ter o privilégio de acompanhar o crescimento externo e interno do filho; é saber que aquele bebê, que nada podia fazer ou mesmo não era capaz de sobreviver sozinho, vai se tornando, aos poucos, um cidadão, um homem ou uma mulher capaz de seguir seus próprios caminhos e escolhas graças a você, que, desde o primeiro respiro dado ao mundo, conseguiu conduzi-lo(a) até esse momento.
Não, a maternidade não é uma tarefa simples. Não caiamos em um conto de fadas rodeado de beleza somente, pois, apesar da magia e da beleza de ser pai ou mãe, é fato que precisamos nos desprender de nossos gostos e caprichos para realmente nos dedicar a essa causa. Não por acaso, há ainda no mundo muitos que declinam de suas responsabilidades e deixam seus filhos para serem criados por outros familiares: avós, avôs, tios, tias – e até mesmo por desconhecidos. Isso nos mostra que a maternidade não aflora de modo natural, mas que, sim, é preciso desenvolver uma consciência para que o amor filial – esse amor sublime que impera entre mãe e filho – nasça.
O incrível poder de ser mãe
Talvez não haja uma resposta definitiva para explicarmos o que é ser mãe, pois sabemos que cada relação entre mãe e filho é única, por mais que o ditado popular enfatize que mães são todas iguais. Mesmo que não seja, podemos concordar que toda mãe adquire poderes “sobrenaturais”, como uma capacidade de intuição e cuidado que não enxergamos em outras pessoas. O amor que transborda do seu peito se converte em belas virtudes como a devoção, a generosidade e o sacrifício.
Cada mãe é um indivíduo com virtudes, valores e fraquezas como todo ser humano. Mas ser mãe, como podemos perceber, vai muito além disso. É ter todas as forças juntas em um só ser: sacrifício, dedicação, paciência, amor e carinho. Isso é o que a torna capaz de realizar magia para proteger e educar seus filhos.
Como recompensá-la por todo esse carinho e dedicação? A gratidão é um dos sentimentos mais bonitos e poderosos do universo. Todo filho que desenvolveu um pouco sua consciência reconhece e é grato pelos seus pais. Mesmo que estes não tenham sido perfeitos – afinal, somos todos humanos –, é notável o momento em que deixamos de reclamar de nossos pais e suas limitações e passamos a agradecê-los eternamente pelo sacrifício de nos ter dado a vida e ensinado a sutil arte de viver.
Não há presente no mundo que consiga chegar nesse patamar. Da mesma forma que um filho nunca sente que será capaz de retribuir tudo o que recebeu, uma mãe nunca sente que já fez o suficiente. Mas isso é o Amor de Mãe: é se doar sempre e não esperar nada em troca. Essa é uma energia ilimitada, capaz de transformar tudo ao seu redor para fazer a vontade plasmar-se mais uma vez ao redor de sua prole. É por isso que um filho, se pudesse, todos os dias, daria uma parte de si mesmo para recompensar esse grande ser, essa força da natureza, que chamamos de mãe.
