”Operation Christmas Drop” é uma produção cinematográfica dos EUA que teve seu lançamento mundial em 05 de novembro de 2020, e é inspirada na mais antiga e ainda em atividade, ação humanitária promovida pelas forças armadas norte-americanas.
O roteiro gira em torno de uma aventura na base militar norte-americana em Guam, uma das ilhas do arquipélago da Micro Polinésia no Oceano Pacífico Sul, que só poderia terminar em “namoro”, além de nos trazer um emocionante ensinamento sobre a Fraternidade.
A jovem, inteligente e promissora assessora parlamentar Erica Miller (Kat Grahan), é enviada para a base militar de Guam, com a missão de encontrar irregularidades e assim poder formular um relatório a pedido de sua chefe, a deputada Ângela Bradford (Virginia Madsen), para justificar o fechamento daquela base, com o argumento quase que pré-estabelecido de que aquela plataforma militar estaria obsoleta e fugindo do seu principal objetivo que seria o de promover a defesa e a soberania norte-americana na região, além de estar absorvendo muitos recursos financeiros dos contribuintes do “Tio Sam”.
Ao chegar ao seu destino, com uma postura absolutamente profissional e determinada a cumprir a sua missão, Erica conhece o capitão Andrew (Alexander Ludwing), encarregado de acompanhá-la por uma inspeção por toda a ilha e pelas instalações da base e suas atividades.
A moça da capital, acostumada com a frieza, a objetividade e as artimanhas dos bastidores da política em Washington é rapidamente surpreendida pela realidade que encontra naquele paraíso tropical a milhares de quilômetros de sua casa.
A Pureza e Sinceridade dos habitantes locais, suas vidas simples em conexão com a Natureza exuberante, seus costumes e hospitalidade, aos poucos vão “amolecendo” seu coração para a Beleza daquele lugar, daquelas pessoas, e é claro para o capitão Andrew, que apesar de ser um oficial das forças armadas e naturalmente ser respeitado pelo cargo de piloto o qual ocupa, não carrega o estereótipo de um militar arrogante, rude e prepotente que a maioria de nós imagina ou espera de alguém que ostente um cargo como o dele. Pelo contrário, o capitão Andrew é um homem sensível, amável, atencioso e muito bem quisto pelos seus comandados, pelos seus superiores, pela população local e principalmente pelas crianças.
Na vida real, desde 1952 as forças armadas norte-americanas vem mantendo uma ação humanitária naquela região em parceria com seus aliados Japão e Austrália, onde no período natalino distribuem toneladas de itens de primeira necessidade para as pessoas que ali vivem como, por exemplo, alimentos, roupas, remédios, utensílios para a pesca, cozinha, comunicação, e é claro brinquedos. Essa prática já se tornou uma tradição e faz sem sombra de dúvidas, uma grande diferença para suprir as necessidades daquelas pessoas que vivem literalmente do outro lado do mundo, quase que completamente isoladas de qualquer outra ”civilização”.
A emocionante “lição de moral” que esse filme nos trás, talvez esteja resumida em uma das falas do nosso herói, o capitão Andrew: “ SERVIR ANTES DE SER!” O Espírito Natalino que inspira o personagem é na verdade apenas o argumento utilizado por um homem bom, para estender esse “clima” de natal por toda a sua Vida, colocando em prática os seus mais nobres sentimentos de respeito e altruísmo.
Um verdadeiro líder, um sábio que não só nos ensina com palavras, mas nos mostra também na prática com as suas atitudes, como devemos nos portar de uma maneira Humana, Justa e Positiva, leve, porém firme e inabalável diante de qualquer dificuldade ou obstáculo que possa surgir em nossos caminhos, em alguns casos, abrindo mão até mesmo de nossos próprios interesses pessoais.
O capitão Andrew nos ensina que a Vida para quem realmente se importa com o outro, com o “Todo”, acaba se tornando mais prazerosa, mais Digna e livre da solidão, pois sem nenhuma pretensão ou interesse, acaba contagiando e unindo em torno de si todos os Seres Humanos que de alguma maneira precisam apenas de um estímulo, de um pequeno exemplo de alguém que esteja disposto a nos mostrar que é realmente possível nos livrarmos e ou, ficarmos imunes aos julgamentos daqueles que ainda não atingiram esse nível de compreensão, mas que seguem assim apenas por um determinado tempo, pois todos nós em algum momento sempre haveremos de alcançá-lo.
O Espírito de Natal na verdade não está na nostalgia, na saudade de casa ou dos entes queridos ausentes ou talvez já falecidos, nas lembranças das nossas infâncias quando esperávamos impacientes a hora de abrirmos os presentes ou nas nossas tentativas sempre frustradas de flagrar o “Papai Noel” fazendo o seu trabalho, nas mesas fartas e rodeadas por nossas famílias com todo mundo falando ao mesmo tempo.
Esse “Espírito” como nos mostra o nobre capitão Andrew, nos anima ou pelo menos deveria nos animar, no sentido de que em todos os momentos de nossas Vidas e em todas as épocas do ano, possamos encontrar a calma necessária para podermos refletir com serenidade e paciência, para podermos esperar o melhor momento de agirmos e tomarmos as melhores decisões.
Esse mesmo “Espírito” também nos convida ao Discernimento para que possamos fazer as melhores escolhas, e nos proporciona a Humildade que precisamos ter para desenvolvermos o devido respeito pelos nossos semelhantes, pelo Sagrado, pela Natureza e até mesmo pela nossa própria pequenez. Esse Espírito do Natal também desperta em nós a consciência de que com as nossas menores e mais simples atitudes, por pequenas e simples que elas possam nos parecer, se forem expressões do Amor nos levarão a um estado constante de Crescimento e Renovação.
Feliz Natal a todos, todos os dias, em todas as horas, hoje e sempre!