Lançado em 26 de novembro de 2021, “Um Menino Chamado Natal” (A Boy Called Christmas) é um filme do Reino Unido, produzido por Graham Broadbent e Peter Czemin, dirigido por Gil Kenan. O filme é uma verdadeira fábula e traz à tona questões que parecem estar cada vez mais esquecidas no nosso cotidiano. Mostra-nos que os mais nobres e necessários sentimentos e virtudes não podem ser desprezados pelos Homens.
Ao nos afastarmos do que enaltece as nossas Almas, as nossas vidas se tornam cada vez mais difíceis de serem vividas e nos tornamos cada vez mais amargos e tristes. Veremos nessa aventura que tudo é possível quando se tem pureza e esperança. “Um menino chamado Natal” é um verdadeiro conto de fadas.
Essa é uma história repleta de magia e emoção. Nela há tudo que uma boa história tem direito: Rainha má, Rei bobo, Tia rabugenta, criaturas encantadas, camundongo falante, rena voadora, elfos, caçadores e uma vila cheia de duendes.
Nikolas é um menino que “perdeu” a sua Mãe e que morava em uma pequena cabana na floresta na companhia de seu Pai, um honesto e humilde Lenhador. O jovem passou a vida ouvindo a sua mãe contar a história de uma menina que descobriu uma vila habitada por duendes, colorida, pacata e feliz. Sua Mãe o chamava de Natal, mas nunca disse a ele por qual motivo fazia isso, nem o que significava. Só no final de sua aventura, Nikolas descobriu toda a verdade sobre esse mistério e muito mais.
As vidas do lenhador e do seu Filho não eram fáceis. Eles estavam passando por grandes necessidades e um rigoroso inverno castigava ainda mais a dura realidade dos dois e de todo o reino. Além disso, o reino passava por um estranho período em que se assolava uma completa tristeza e descontentamento que atingia todas as pessoas. O Rei, preocupado com os seus súditos, convocou o seu povo e ordenou que cada cidadão, a partir daquele momento, abraçasse a missão de tentar encontrar alguma coisa que pudesse devolver a alegria a todos, que pudesse trazer de volta a magia e o encantamento de viver.
O Pai de Nikolas se juntou a outros homens do Reino que saíram para tentar cumprir a missão designada pelo Rei. Mesmo contrariado por não poder acompanhar o seu Pai naquela perigosa viagem e também por ter que ficar na companhia da sua rabugenta Tia Carlota, Nikolas, junto com o seu camundongo, Miika, foram obrigados a ficar na pequena cabana da floresta, aguardando o retorno do seu Pai. A Tia Carlota não gostava muito de crianças. Ela maltratava muito o Nikolas e também o seu amiguinho roedor.
Um dia, como resultado de uma das tantas “malvadezas” promovidas pela Tia Carlota, a touca que o Pai de Nikolas deu para ele antes de sair em sua viagem e que havia sido confeccionada pela sua Mãe, caiu nas chamas da lareira e por isso foi um pouco danificada, revelando, assim, o que estava escondido dentro dela: o mapa da vila dos duendes. O nosso pequeno Herói, cansado de ser humilhado pela sua Tia e com o sincero desejo de ajudar, decidiu tentar encontrar o seu Pai para lhe entregar o precioso mapa, para que ele, junto com os seus Amigos, pudesse cumprir as ordens do Rei.
Nikolas saiu em uma viagem muito perigosa, através de uma floresta sombria e gelada, vales cobertos de neve, cordilheiras quase intransponíveis, rumo ao extremo sul. Ele teve que dormir ao relento, passou fome e, mesmo muito cansado, conseguiu salvar a vida de uma rena ferida pela flecha de um caçador. Em gratidão ao menino, a rena se tornou sua amiga e passou então a lhe servir como sua montaria, o que ajudou Nikolas a viajar mais rápido em direção à Vila dos Duendes. Nikolas “batizou” a rena com o nome de Blitzem.
Ao chegar ao local indicado pelo mapa, Nikolas não encontrou nada, exceto um vale gelado. Exausto e com fome, ele desmaiou e, já quase sem vida, foi encontrado por um velho duende e sua netinha. O duende salvou Nikolas fazendo um poderoso feitiço chamado “criassonho”, o que livrou o menino da morte certa. Já recuperado, mas ainda confuso, Nikolas quis saber onde ele estava. O duende e sua neta revelaram que ele estava na Vila dos Duendes. Nikolas não acreditou. Afinal, ele só conseguia ver uma imensidão de gelo. Foi quando o duende desvendou o primeiro segredo para Nikolas em sua aventura: “Se quisermos ver, temos primeiro que acreditar.”
Depois de conseguir, através de sua forte vontade, enxergar a vila dos duendes, Nikolas descobriu que um pequeno duende havia sido sequestrado pelos homens que estiveram ali antes dele e ficou incrédulo quando percebeu que o seu Pai estava entre eles. Os duendes estavam sendo governados por uma Rainha má e rancorosa, que aprisionou Nikolas por acreditar que ele era igual aos homens que sequestraram o duendezinho.
Com a ajuda da Pixei Verdadeira, uma duende que só sabia falar a verdade, e da professora da escolinha dos duendes, Nikolas conseguiu fugir com a promessa de que iria trazer de volta o pequeno duende sequestrado e com isso também provar a inocência do seu querido Pai. Nikolas teve que enfrentar muitos perigos em sua aventura e, como se não bastasse, teve que assistir, impotente, à morte do seu Pai.
Depois de se arriscar e de enfrentar muitos perigos, Nikolas conseguiu levar o pequeno duende de volta para a sua vila e o devolver aos seus Pais. O jovem ainda conseguiu fazer a Rainha má mudar de opinião sobre os Humanos quando descobriu que a Mãe de Nikolas era a menina que tinha visitado a sua vila no passado e se tornado sua amiga. Isso a fez prestar mais atenção no menino e ver que ele tinha um bom Coração. A pureza de Nicolas conseguiu fazer a Rainha derreter o seu coração de gelo e até a fez chorar.
Após conseguir reconquistar os duendes, cavalgando a sua rena voadora, Nikolas foi até o Rei com um saco cheio de brinquedos e doces fabricados pelos duendes e, com a ajuda do próprio Rei, distribuiu os presentes por todas as casas do Reino onde haviam crianças, trazendo de volta a alegria para todos e, principalmente, para as crianças. O Rei então incumbiu Nikolas de ficar responsável de, ao menos uma vez por ano, retornar trazendo os presentes e repetir aquela atitude que ajudou ao seu povo a sorrir novamente.
O garoto, que agora era dono da poderosa magia “criassonhos”, aprendeu, em sua aventura, que a Bondade sempre vale à pena, principalmente porque é ela que pode tocar o Coração não só dos “Homens maus”, mas de todos os Homens. Aprendeu também que a Verdade sempre estará acima de tudo e que, por mais difícil ou dolorosa que ela possa ser, é ela que nos torna cada vez mais sábios e fortes. Aprendeu que a alegria deve ser o estado de espírito natural de todos os homens e que, enquanto houver vida, haverá também esperança.
Entretanto, aprendeu, principalmente, que a verdadeira magia está nos Corações puros dos que buscam viver em paz e em harmonia com todos os Homens e com a Natureza. Ele aprendeu que magia é aquele sentimento que nos dá forças para a renovação e o renascimento, para a criação através do Amor e da Bondade.
Magia de verdade é ser Justo e Honesto diante dos problemas, é nunca perder a Fé. Na Vila dos Duendes, Nikolas descobriu que Natal, apelido pelo qual a sua Mãe o chamava, era como os duendes chamavam uma festa anual onde celebravam a esperança e a magia da renovação, a Paz e a Harmonia entre todos. Essa festa era muito querida e popular, mas só os duendes a conheciam. Quando o Rei ordenou que Nikolas ficasse responsável por sempre repetir aquela bela noite de entrega de presentes, ele quis dar um nome para aquela novidade tão encantadora.
Advinha o nome que o Nikolas escolheu? Isso mesmo: Natal.
Assim, “Um menino chamado Natal”, é a nossa dica de um bom filme para ser assistido por toda a Família. Juntos, vocês poderão se divertir, se emocionar e refletir sobre Valores tão Nobres, porém tão simples de serem desenvolvidos e preservados por cada um de nós. É só Amar.