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Solstício de Verão: O Valor dos Ciclos em nossa Vida

Você sabe o que são os Solstícios e os Equinócios? Estes fenômenos astronômicos estão diretamente ligados à nossa vida, principalmente por marcarem as estações do ano, e também foram fundamentais em diversas Culturas, além de simbolizarem momentos próprios de toda a Vida Natural. É com base nesses momentos da Natureza, por exemplo, que sabemos a melhor hora para plantar e colher.

Todos os anos, vivemos dois Equinócios, relativos à Primavera e ao Outono, e dois Solstícios, relativos ao Inverno e ao Verão. Devido ao tamanho e à inclinação do nosso Planeta, esses momentos são distintos em cada hemisfério, portanto, no momento em que estamos aqui no Hemisfério Sul, vivendo o Equinócio de Primavera, por exemplo, no Hemisfério Norte ocorre a chegada do Outono, marcada pelo seu Equinócio.

Sendo assim, mais uma vez nos aproximamos de um desses momentos especiais e cabe refletirmos sobre o seu significado. No dia 21 de dezembro deste ano, se dará, no Hemisfério Sul, o Solstício de Verão, também conhecido como “o dia mais longo do ano”. Isso porque, graças ao movimento da Terra e sua posição, a exposição ao Sol se dará ao máximo no nosso hemisfério. Por outro lado, ao norte da Linha do Equador, estará ocorrendo o Solstício de Inverno, que marca a noite mais longa do ano. 

Entretanto, para além de um momento astronômico, o que, de fato, podemos aprender com o Solstício de Verão? Desde as Culturas Antigas, essa data é muito mais do que apenas um marco entre a Primavera e o Verão. Em verdade, diversas Civilizações relacionaram o Solstício de Verão com a Vida em sua expansão, ou seja, o momento em que a nossa energia vital está ao máximo. 

Para os Romanos, por exemplo, a data representava a colheita nos campos, sinal de Fartura e Boa Sorte. Não por acaso, os Festivais da Consuália – dedicados ao Deus Conso, um dos principais Deuses Agrários em Roma – eram dos mais importantes dentro do calendário latino. Além deles, entre os dias 17 e 25 de dezembro ocorriam os Festivais da Saturnália, nos quais celebravam-se o Sol invictus (Sol invencível, em português). Essa Celebração, por sua vez, ocorria no Solstício de Inverno e marcava a vitória da Luz sobre as sombras, mesmo que estas perdurassem por mais tempo. Assim, ambos os Solstícios tinham como função relembrar a presença da vida em seu mais amplo aspecto.

Para os Cristãos, o Símbolo do Solstício de Inverno – que em nosso hemisfério é a data do Solstício de Verão –  está concentrado no Natal, a Celebração que marca o nascimento de Jesus Cristo. Tal evento mostra-se como o nascimento da Vida em meio à escuridão, sendo um ponto de Luz em meio às trevas. Desse modo, nos reunimos na data de 25/12 e vivemos bons momentos juntos daqueles que amamos, relembrando sempre esse núcleo no qual nenhuma sombra pode tomar posse. Assim, partilhamos, mesmo que inconscientemente, esse momento da Natureza ao Celebrarmos a Vida. Mas, é possível viver essa Ideia para além das Festividades Religiosas? 

“Vida” é a capacidade de nos movimentar, ou seja, de gerar Energia e Vitalidade. O Verão é associado à Vida por ser a estação do ano mais quente e o calor, como nos mostra a química, é a agitação das nossas moléculas produzindo Movimento e Energia. Sendo assim, Vida é, em última instância, Energia. Quanto mais Energia colocamos em algo, seja em qualquer aspecto de nossa Existência, tendemos a expandir. Por exemplo: quando colocamos mais Energia em nossos trabalhos, ou seja, fazemos mais atividades, pensamos em novos projetos e nos dedicamos mais a esse campo, o que ocorre? É natural que esse empenho nos gere mais recursos, uma expansão da nossa capacidade de produção e de trabalho. Do mesmo modo, nos parece que essa Lei da Natureza é aplicável em qualquer aspecto da vida. 

Se colocamos Energia em uma relação, seja ela romântica ou de amizade, o que ocorre? Tende-se a reforçar os laços e ampliar os compromissos firmados, não é verdade? Assim, a Energia traz consigo a Vida que se resume em movimento, em uma nova dinâmica dentro das relações. Essa Ideia de Vida, quando levada para além dos nossos desejos e perspectivas, se apresenta também na Natureza. 

Voltando para as estações do ano, o Inverno é a retenção do movimento, na qual toda a Vida passa a “dormir”. Um exemplo didático disso são os ursos, que hibernam nessa estação, parando assim as caças e todas as suas atividades. Após os meses gelados, eles despertam na Primavera para seguirem com suas vidas. Muitos pássaros também seguem o mesmo fluxo e migram no Inverno para regiões mais quentes, pois procuram a Vida. Depois, com a chegada da Primavera, as aves retornam para os seus locais de origem e mantêm-se aquecidas. 

O que queremos mostrar, a partir desses exemplos, é que, assim como a Natureza tem seus Ciclos, os Seres Humanos também vivenciam essas Ideias. Diferentemente dos animais, porém, somos capazes de experimentá-las  a qualquer momento, sem depender, necessariamente, que exista uma estação externa. Desse modo, os Solstícios para os Seres Humanos são mais do que momentos da Natureza, mas Ideias que podemos viver em nossas próprias Vidas. Para compreendermos melhor, basta olharmos para as estações do ano e veremos que elas não ocorrem apenas com as árvores ou demais Seres da Natureza, mas, principalmente, conosco. Quem de nós nunca precisou renovar-se tal qual a Primavera? Ou precisou deixar algo morrer, fruto de um Ciclo que chegou ao fim, como no Inverno? As estações, afinal, representam fases e nós, como Seres que vivem na Natureza, também estamos sujeitos a elas.

Olhando dessa perspectiva, podemos compreender que o Solstício de Verão simboliza a Vida em sua máxima expansão, o momento que devemos compartilhar e vibrar nossas melhores qualidades que foram cultivadas ao longo do tempo. Tal qual um agricultor que faz sua colheita após meses de plantio, também podemos colher todas as Virtudes que semeamos pelo nosso caminho, sendo a nossa vida o terreno fértil em que plantamos a nossa melhor versão.

São nesses momentos que podemos sentir nossa Energia ao máximo. No campo físico, sabemos que o Verão é a estação mais quente de todas, uma vez que a Terra está mais próxima do Sol. Sendo assim, o Verão assume a característica do movimento, de ser a época em que passamos a vibrar mais com nossas Ideias e com o desejo de espalhar nossa Energia para todos os ambientes. Diferentemente do Inverno, o qual associamos ao recolhimento e à “morte” dessa vida mais expansiva, o Verão é o momento em que, após florescermos na Primavera, geramos os frutos da nossa evolução.

Considerando tudo isso, é possível notarmos que os Ciclos da Natureza estão vivos em nós. Não porque precisamos plantar e colher na época certa, mas, principalmente, porque a todo momento estamos vivendo essas Ideias. Todos os dias pode renascer, expandir, amadurecer e morrer algo em nós. Seja uma Ideia, um Sentimento ou mesmo nossas relações, todas elas estão sujeitas aos Ciclos e às estações. Devemos, portanto, compreender que os momentos de Solstícios e Equinócios, que ocorrem uma vez para cada estação, não nos prendem a viver essas Ideias apenas nas suas datas específicas. Assim, podemos cultivar essa expansão diariamente, assim como qualquer outro aspecto da Natureza. Basta observarmos com zelo a nossa Vida e fazermos essa auto análise. Se conseguirmos identificar o momento que estamos vivendo, poderemos, naturalmente, seguir para o próximo Ciclo e evoluirmos dentro dessa nova perspectiva de Vida.

Por fim, convidamos todos a viverem com mais Consciência este Solstício de Verão. Lembremos dessas Ideias no dia mais longo do ano, em que a Luz do Sol ficará por mais tempo em nosso hemisfério e, assim como o Astro Rei, sejamos nós a fonte de vida de nossas existências. Sejamos capazes de levar a Luz a quem está ao nosso redor, irradiando calor para aquecer quem mais precisa, pois, no final das contas, o fruto das nossas Virtudes não é apenas para o nosso próprio benefício, mas para o benefício de todos. Do mesmo modo que o Sol nasce para iluminar a Humanidade, devemos doar nossas qualidades a quem conseguirmos tocar, devendo ser essa a nossa meta de vida.

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