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The Legend of Zelda: Breath of The Wild

Lançada em 1986, Zelda é hoje uma das franquias mais longevas e cultuadas no mundo dos games, e em 2017, dez dias após seu aniversário de trinta e um anos, teve seu décimo oitavo título lançado, o “The Legend of Zelda: Breath of The Wild”! É justamente sobre este game que falaremos hoje, e já vamos adiantando: ele é surpreendente, tanto para quem está jogando um título da série pela primeira vez, quanto para quem já é veterano. Aos novatos, um jogo de encher os olhos e que, apesar de não pegar você pela mão e dizer tudo o que precisa ser feito, lhe introduz a esse universo de maneira equilibrada e, por que não dizer, apaixonante. Já para os jogadores de longa data, ele reserva uma boa dose de nostalgia e easter eggs. Você encontra diversas referências aos antigos jogos da série, como por exemplo, personagens, detalhes do mundo, e até mesmo a trilha sonora, que é composta por músicas de outros títulos da franquia, mas adaptadas à realidade do universo atual.

Os games da saga “The Legend of Zelda” geralmente partem de uma estrutura básica. Existem três forças na Natureza que precisam estar em equilíbrio, o chamado Triforce, composto pela Coragem, Sabedoria e Poder. Em todos os games, nós temos: O herói Link (Coragem), aquele que vence todos os desafios para salvar o reino de Hyrule; A Princesa Zelda (Sabedoria), que ao mesmo tempo que precisa ser salva, é quem oferece armas, conhecimentos e ferramentas para Link poder vencer os desafios; e Ganon (Poder), que representa o vilão, ou aquele que traz a tirania e a destruição. Cada game se passa num mesmo Universo, mas em períodos históricos diferentes, mesmo assim, praticamente todos os personagens mantém os mesmos nomes e aparências. Ganon é um personagem interessante pois, dependendo do game, há uma pequena alteração em seu nome (Ganon, Ganondorf, Calamity Ganon etc) e ele assume uma forma diferente, variando entre um cavaleiro das trevas, o rei dos demônios, uma besta, ou mesmo um tipo de energia sem forma definida. Podemos entender que em cada jogo da série, “Link”, “Zelda” e “Ganon” são personificações das mesmas ideias, que ressurgem em diferentes momentos da história.

Quer um preview do que aguarda por você neste novo game da franquia? Então assista o trailer a seguir.

Como ficou claro no trailer, este não é mais um “simples” jogo de “The Legend of Zelda”, assim como também não é só mais um jogo de mundo aberto. A ideia que passa é a de que a Nintendo decidiu fazer um game para quem cresceu jogando Zelda e hoje, apesar de adulto, continua fã e esperando algo realmente desafiador.

A história começa com o herói, Link, acordando no santuário da ressurreição, sem saber onde está e sem memórias do passado. Aos poucos ele é reintroduzido ao seu mundo, que cem anos antes, foi dominado por Calamity Ganon. Diferente dos títulos passados, e de outros jogos de mundo aberto, “Breath of The Wild” não lhe obriga a seguir um caminho para chegar ao fim do jogo, você tem o livre arbítrio para fazer o que achar melhor. Mas nas andanças sem fim por Hyrule, você encontra personagens que lhe ajudam a montar o quebra-cabeças e, enfim, descobrir o que aconteceu cem anos atrás, como você foi parar no santuário da ressurreição, quem é Calamity Ganon, o que ele fez e o que você terá de fazer para derrotá-lo. Com a ajuda da Princesa Zelda, claro! Apesar de o símbolo estar visualmente presente no game, o Triforce não é citado nenhuma vez. É como se a Nintendo estivesse dizendo ao fã: “Você já conhece este universo e todas as suas lendas. Então, fique à vontade para dar continuidade à essa história, pois confiamos que você já sabe o que deve fazer”.

Deixando agora a história um pouco de lado, a primeira coisa que percebemos, seja jogando ou até mesmo assistindo a um gameplay, é o equilíbrio que os desenvolvedores alcançaram com os detalhes. Começando pelo visual do jogo, não espere encontrar gráficos altamente detalhados! Em um primeiro momento, imaginamos que podiam até ter caprichado mais nos personagens, que acabaram ficando com uma aparência bem cartunesca. Mas, conforme vamos explorando o mundo, passamos a ver que isso foi proposital e combina de maneira surpreendente com os detalhes da natureza, como sombra, vento, água, fogo, neve etc, somado ao som ambiente do jogo, que se escutado com um sistema de áudio de boa qualidade, proporciona uma gratificante experiência de imersão.

Outro ponto alto fica por conta do universo riquíssimo, que vai encantar você e despertar a vontade de ficar horas apenas passeando por ele e descobrindo seus mínimos detalhes. Por exemplo: ao rolar uma bola de neve no chão, ela cresce; a temperatura na sombra é inferior à temperatura debaixo do sol; uma pedra molhada pode lhe fazer escorregar; você pode matar ou capturar insetos e outros bichos etc. Esse detalhes eram inimagináveis quando Zelda foi criado em 1986. Então já sabe, pode separar algumas horas de sua experiência para desbravar Hyrule. Ou não… Se preferir, você pode ir direto ao que “interessa” e enfrentar o “chefão” Calamity Ganon. Mas isso não quer dizer que você tenha alguma chance de ter sucesso na missão. É justamente isso que faz o jogo deixar de ser apenas interessante e começar a ficar realmente divertido.

“Breath of the Wild” permite que você faça o que bem quiser, mas esteja preparado para encarar as consequências de suas ações. O game vai testar você, colocar em jogo a sua capacidade de solucionar quebra-cabeças e missões, além de obrigar que tome decisões onde nem sempre terá a certeza de qual é a certa ou a errada, até que o tempo passe e você seja capaz de ver, no desenvolvimento da sua missão, quais foram as consequências de suas escolhas. Onde mais nós vimos isso, mesmo?! Ah sim, na vida real! E assim como na vida, em “BOTW” somos obrigados a descobrir como lidar com a ansiedade, desenvolver nossa paciência e habilidade de tomar decisões, usar a criatividade para enfrentar as adversidades e aceitar os acertos e erros como lições de vida. Não espere também que o jogo se compadeça de você e facilite a sua jornada, pelo contrário, ele faz da Natureza nossa maior aliada e também nossa maior adversária, maior até que o Calamity Ganon. Ela poderá prender você por horas no mesmo lugar, ou até atrapalhar o andamento de suas missões. No fim das contas, cabe a nós compreender que nem toda dificuldade que surge deve ser “destruída”. Na verdade, o maior ensinamento que extraímos disso é que devemos aprender a respeitar e nos harmonizar com a Natureza, sem querer bater de frente com as leis que ela impõe. Somente dessa forma, podemos extrair tudo o que é necessário para a nossa existência, e ao mesmo tempo, passar sem grandes sofrimentos pelos ambientes difíceis, como os desertos ou as nevascas nas montanhas.

Se você ainda não correu para comprar o seu “The Legend of Zelda: Breath of The Wild”, deguste um pouco da experiência assistindo o gameplay a seguir.

Ao longo do jogo, não serão poucas as vezes que você precisará executar alguma tarefa duas, três, quatro vezes, antes de ter êxito e, em cada uma das tentativas, você verá as coisas de um modo diferente. Às vezes será frustrante, ainda mais quando, por algum descuido, você repetir um erro que jurou nunca mais cometer. Mas também não chegará a lugar nenhum se não arriscar. Por isso, mesmo com todas essas dificuldades, nós acabamos persistindo até conseguir, pois sabemos que o resultado será gratificante. Sim, ainda estamos falando de um jogo de videogame, apesar de que, na vida, também devemos procurar esta mesma motivação para enfrentar os desafios que nos são impostos no cotidiano.

“The Legend of Zelda: Breath of The Wild” é um jogo incrível e completo, que prende o jogador por meses. Ao longo dessa jornada, teremos a oportunidade de reaprender virtudes antes esquecidas, como determinação, coragem e criatividade, além de reaprender a contemplar os pequenos detalhes do mundo à nossa volta. A nós, cabe aprender a aplicar todos esses conceitos e virtudes na vida real.

“The Legend of Zelda: Breath of The Wild” está disponível apenas para os consoles da Nintendo; Wii U e Nintendo Switch.

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