Você já percebeu que os seus sentidos são limitados? Por mais que essa seja uma Verdade desconfortável, é fundamental entendermos isso para que possamos enxergar um pouco além do que os nossos olhos conseguem ver. Quando pensamos nos nossos sentidos – audição, visão, olfato, tato e paladar – sabemos que eles são Fundamentais para nos relacionarmos com tudo à nossa volta, porém, eles não conseguem captar todas as informações que circulam em nosso meio. Por exemplo, nossa visão é extremamente limitada, pois enxergamos apenas uma pequena faixa que vai do vermelho ao violeta. Não por acaso, a frequência ultravioleta e infravermelho, por exemplo, só podem ser detectadas por nós através de máquinas.
Do mesmo modo ocorre com a nossa audição. O ultrassom e o infrassom não são captados pelo ouvido humano, apesar de serem frequências possíveis para outros animais como os cachorros. Mas o que essas constatações nos revelam? Uma possível resposta é que, ao dependermos somente dos nossos sentidos para entendermos o Universo, teremos um conhecimento muito limitado sobre ele. Por isso, a famosa frase “só acredito no que vejo” é uma negação da busca pelo Conhecimento, pois há uma infinidade de elementos que não enxergamos, mas que ainda assim existem e interagem conosco diariamente.
Apesar de termos sentidos limitados, podemos investigar a natureza e suas diferentes formas, através de uma outra faculdade, mais profunda e quase sem barreiras: a Razão. Graças a nossa capacidade de criar raciocínios complexos, fomos capazes de desenvolver ferramentas que nos auxiliam a entender as Leis da Natureza. Desde a Teoria da Relatividade até a invenção do microscópio, tudo passa pela mente humana, que é capaz de relacionar e desenvolver métodos para melhor compreendermos o Mundo.
Partindo disso, ao longo da História da Humanidade, fomos capazes de desenvolver não apenas Tecnologias, mas as mais distintas formas de explicação da realidade que nos circunda. Desde os Mitos até a Ciência Moderna, especulou-se, a partir das diferentes sociedades, que o Universo não seria composto apenas pelo que podemos captar com nossas ferramentas, sejam biológicas ou mesmo tecnológicas. Existiria, pois, um outro plano de realidade que não temos um acesso direto, muito menos conseguiríamos percebê-lo de maneira clara. Ainda sobre isso, além de um “mundo por trás do mundo”, também existiriam seres que habitam esses outros planos e, eventualmente, conseguiriam entrar em contato conosco.
Certamente, essa é uma Ideia que parece ser retirada de um filme de ficção científica. Porém, a física quântica considera, por exemplo, a existência de “multi universos”, ou seja, a nossa realidade é apenas uma dentre outras infinitas possibilidades. Ademais, as Antigas Civilizações já especulavam sobre a existência de seres que não habitam o mundo material, mas sim em uma realidade mais sutil. Não queremos dizer, contudo, que tais proposições são comprovadas e, muito menos, que devemos nos basear somente a partir disso. Entretanto, não podemos achar que a Realidade – com “r” maiúsculo – só é composta daquilo que podemos ver e tocar. Se assim o fosse, deveríamos negar veementemente a existência de micro-organismos como bactérias e vírus, pois jamais poderemos enxergá-los a olho nu. Isso não significa dizer que eles não existam, pelo contrário, tais seres participam tão ativamente de nossa Vida que, constantemente, precisamos nos preocupar e tratá-los para que não sejamos vítimas de suas atividades. O que desejamos, portanto, é apresentar uma visão acerca do tema sem considerá-lo, a priori, algo insensato ou por excelência inexistente.
Considerando tais aspectos, hoje lançamos mais uma série de textos voltados para Aprendermos um pouco mais sobre esse misterioso mundo sutil e seus habitantes.
Comumente, esses seres são chamados de seres “elementais” e apesar de não haver provas contundentes de sua existência, muitas tradições apontaram que eles são reais. Antes de iniciarmos, porém, é fundamental entendermos o que seriam esses seres e qual a razão de serem chamados assim.
Primeiramente, eles estariam vinculados diretamente à Natureza, atuando como protetores da mesma em seus mais diferentes aspectos. Em linhas gerais, o nome “elemental” está relacionado com o tipo de plano ou matéria em que habitam esses seres “invisíveis”, no qual seriam quatro: Terra, Água, Ar e Fogo. Assim, de maneira resumida, os Elementais estariam reunidos nessas quatro categorias, e desempenhariam funções distintas. Apesar disso, ainda há Tradições que dizem que em tudo habitam os Elementais, sendo eles Guardiões invisíveis e regentes do Mundo material.
A Mitologia expressa bem a função dos Elementais. Nas mais distintas Tradições, encontramos seres como gnomos, elfos e ondinas, cada qual sendo responsável pela manutenção das Forças da Natureza. Além desse aspecto, é interessante perceber que esses seres estão ligados, em geral, a Deuses e outras Divindades, carregando assim uma parte do Mistério em suas Vidas. O símbolo ao qual as Tradições buscam revelar, ao utilizar essas criaturas, é de que o aspecto Divino se apresenta de diferentes maneiras na natureza, porém não deixa de estar presente em nenhuma de suas expressões. Assim, os Elementais não são seres “travessos” ou mesmo “maus”, como costumamos pensar ao ouvirmos suas lendas, mas Protetores desse Mistério que chamamos de Universo.
Tal qual uma peça de teatro depende dos profissionais que atuam nos bastidores, a Natureza precisaria desses seres para regular e fazer a manutenção da Vida que, infelizmente, muitas vezes colocamos em jogo. Dessa forma, nada mais justo do que entender melhor o papel de cada um desses Elementais e a maneira que agem em nossas Vidas, mesmo que simbolicamente. E assim, quem sabe, poderemos viver de maneira mais Harmônica com a Natureza à nossa volta, seja ela mineral, vegetal ou animal.
Portanto, acima das crenças e ceticismos sobre o assunto, embarque conosco nessa caminhada em torno dos Espíritos da Natureza. Poderemos, quem sabe, aprender não apenas sobre Mitos e Lendas, mas sobre Leis fundamentais para vivermos de maneira consciente junto ao meio ambiente e suas mais variadas formas.