Por que ler e escrever nos tornam mais Virtuosos?

Todos nós sabemos que o hábito de Leitura faz Bem, mas, como muitas outras coisas na Vida, acreditamos nisso sem usufruí-lo. Não é nada raro termos, em casa, uma estante cheia de livros que ainda não lemos e nem temos tal pretensão. Alguns, inclusive, ainda guardados com a etiqueta! 

Segundo um estudo publicado na Revista Científica Brain Connectivity, ler melhora as funções cerebrais e sua conectividade neuronal. Em outras palavras, ficamos mais Inteligentes quando lemos, sobretudo, textos com maior profundidade como livros. E é aí que perdemos nossa Grande Oportunidade, pois, hoje em dia, nós até desfrutamos tal atividade por várias horas, mas uma leitura que se resume em pequenos textos mal escritos em redes sociais, aplicativos de mensagens ou notícias falsas, que minam nosso senso crítico algo que a leitura ajuda a construir.

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Mergulhar num bom romance, numa história de ficção, com personagens complexos e imperfeitos, uma biografia com uma Mensagem Construtiva no final, nos ajuda também a desenvolver a Imaginação. Aspecto essencial para conseguirmos planejar Bem o Futuro. Além disso, vivenciar os estados emocionais e percalços na Vida de um personagem nos torna mais Empáticos, nos ajuda a entender o que os outros sentem, e também nos aproximam de aprender mais a respeito de nós mesmos, já que por muitas vezes, podemos nos ver na história.

Mesmo com tantos benefícios, a leitura ainda é um território pouco explorado pela maioria de nós e não é tão difícil entender o porquê. Ler pode ser algo cansativo no começo, se não nos preparamos bem para ele. Assim como uma atividade física, uma tarefa mental como essa também pode ser desgastante se não estamos acostumados. Dessa forma, é preciso iniciar com leituras Simples, Fáceis e Prazerosas, que falem daquilo que gostamos, ou com Ideias nas quais nos identificamos de alguma maneira. Uma Boa Dica é tentar começar pelos clássicos, que além de já terem passado pela prova do tempo, se encontram em versões modernas, com leitura mais Agradável e adaptada aos dias atuais.

Mas, e a escrita? Se você leu o título deste artigo, a essa altura já se perguntou o porquê de ainda não falarmos sobre ela, e o motivo é simples: escrever sem ler, é como tentar correr sem sequer Aprender a andar.

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Se a leitura de um Bom romance pode nos ajudar a entender melhor o que sentimos, escrever pode desenvolver nossas habilidades em expressar esses sentimentos. Como disse o Filósofo e Escritor Britânico do Século XVI, Francis Bacon, “A leitura traz ao homem plenitude; e a escrita, precisão.” Isso significa que, ler nos ensina, traz Conhecimento e Aprendizado, enquanto a escrita nos mostra como tornar nossos Pensamentos, que em geral são caóticos, em Ideias Compreensíveis e Comunicáveis. Não saber exatamente como expressar algo que sentimos é uma das grandes causas das decepções, conflitos e rupturas de relacionamento.

E a escrita não precisa ser novelística, nem formal, de jeito nenhum. O Imperador Filósofo, Marco Aurélio, escreveu para si mesmo um caderno de reflexões que hoje conhecemos como “Meditações a mim mesmo”, e nele colocou seus pensamentos e sentimentos mais profundos, como forma de visitá-los, esporadicamente, e acompanhar seu desenvolvimento como Ser Humano. Felizmente, seus escritos se tornaram públicos e hoje servem como um manual sobre a Vida para todos que o lêem.

Experimente escrever um texto com alguns parágrafos, e em seguida, releia. Provavelmente Você sentirá vontade de mudar algumas coisas. Agora guarde-o e leia novamente em alguns dias.

É possível que Você não recorde o que quis dizer em algum trecho, ou sinta que alguma colocação poderia ter sido feita de maneira melhor. Se voltar a esse texto mais algumas vezes, verá mais possibilidades de mudança – só tome cuidado para não transformar esse aperfeiçoamento em perfeccionismo. Elaborar um texto e poder revisá-lo, portanto, nos mostra que é possível mudar de opinião e que é possível estarmos errados. E se podemos nos ver assim, também podemos enxergar isso nos demais, e exercitar a Convivência.

Escrever, especialmente associado à revisão, promove em nós um comportamento reflexivo, útil e expande nosso senso crítico, fundamental numa época em que a falta de informação não é um problema, mas a falta de Verdade por trás dela pode ser. Portanto, a escrita evidencia em nós o Discernimento, a verdadeira ferramenta do Filósofo ou daquele que busca a Verdade. Não podemos acreditar em tudo o que ouvimos, nem mesmo o que lemos. Mas duvidar, não como alguém que ataca, e sim, como alguém que investiga e que espera realmente aprender.

Diz-se que o Filósofo exercita três Virtudes que o diferenciam de um aluno ou de alguém que apenas deseja acumular Conhecimento. Uma delas é a Devoção. Ou seja, acreditar e ter convicção no que deseja aprender, e, sobretudo, admitir humildemente o quanto ainda pode aprender. Outra virtude do Filósofo/discípulo que a escrita ajuda a despertar é a Investigação. Ao reler o que escrevemos, podemos nos colocar mais facilmente no lugar de outra pessoa e perceber nossas próprias falhas. Ao aprender a colocar o caos que povoa nossa mente num formato que outras pessoas possam entender e se beneficiar, nós também aprendemos a fazê-lo, naturalmente, durante a fala, ou em outras formas de Comunicação, como a gestual, por exemplo.

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Por fim, a terceira Virtude do discípulo é o Serviço. Aprender algo e não vivê-lo é desonesto, como já disse o Líder Indiano Mahatma Gandhi. Se a leitura nos ensina e nos torna mais Inteligentes, e a escrita nos dá precisão para nos expressarmos de maneira mais assertiva, e, principalmente, útil, isso se torna um grande Serviço a ser prestado em favor de toda a Humanidade. Portanto, leiamos e escrevamos! Não só para cumprir tabela ou por obrigação acadêmica e profissional, mas como uma Oportunidade de nos tornarmos mais Virtuosos conosco, e com as pessoas à nossa volta. 

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