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POEMA/POESIA: Velhas Árvores

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Escrito por “Olavo Bilac

“Olha estas velhas árvores, mais belas

Do que as árvores moças, mais amigas:

Tanto mais belas quanto mais antigas,

Vencedoras da idade e das procelas… |tempestades|

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas

Vivem, livres de fome e de fadigas;

E em seus galhos abrigam-se as cantigas

E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!

Envelheçamos rindo! Envelheçamos

Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,

Agasalhando os pássaros nos ramos,

Dando sombra e consolo aos que padecem!”

“Olavo Bilac” foi um Poeta, Contista, Inspetor de Ensino e Jornalista Brasileiro. É o autor da letra do Hino à Bandeira. Foi um dos principais representantes do “Movimento Literário Parnasiano”, que valorizou o cuidado formal do Poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética.

“Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac”, nascido no Rio de Janeiro em 1865, colaborou com vários jornais e revistas como a “Gazeta de Notícias”, “A Semana” e o “Diário de Notícias”, tornando-se amigo de Machado de Assis, Alberto de Oliveira, Coelho Neto, Raul Pompéia, Raimundo Correia e Aluízio Azevedo. Em 1888, “Bilac” publicou o seu primeiro livro, “Poesias”. Nele, o Poeta já demonstrava estar plenamente identificado com as propostas do Parnasianismo. Em 1897, ele participou da fundação da “Academia Brasileira de Letras”, ocupando a cadeira de n.º 15.

“Bilac” faleceu também no Rio de Janeiro em 1918, vítima de edema pulmonar e insuficiência cardíaca, deixando o seu legado para a Humanidade, principalmente para a Língua Portuguesa e para o nosso País.

Fonte: “e-Biografia”.

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