Monja Coen: Um Convite à Sabedoria

Você sabe quem é a Monja Coen? Aquela senhora de olhar sereno, vestida sempre com mantos orientais, que vem se tornando muito popular nas redes sociais e na televisão, sempre falando sobre Sabedoria, meditação e iluminação? Vamos conhecê-la mais de perto? Agradável, simpática, acessível, profunda e transcendente, a Monja Coen vem se tornando uma enorme expressão da filosofia zen budista no Século XXI.

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Embora não pareça, ela tem 73 anos, muito bem vividos, já que sua biografia é cercada de muitas experiências, aliás essa é a tônica da filosofia zen que ela tanto difunde pelo mundo: viver na experiência pessoal a expressão da natureza profunda de todas as coisas. Nasceu em São Paulo, estudou em escolas católicas, se tornou jornalista e repórter de vários jornais e morou em vários países. Nos Estados Unidos trabalhou como roadie, que é um tipo de função de apoio a bandas musicais em shows, geralmente enrolam os fios e preparam o palco antes da apresentação. Quando muito jovem, participou do movimento hippie, se envolveu com drogas, em busca de uma expansão da consciência, o que a levou a consequências dolorosas. Mas toda essa experiência contribuiu para o seu despertar. Em 1983 começou a estudar o Budismo em Los Angeles, e esses ensinamentos foram tão arrebatadores para ela que resolveu aprofundar ainda mais, mudando-se para o Japão, onde se converteu à tradição budista e ingressou no convento Zen Budista de Nagoya.

Depois de doze anos de formação, dedicação e entrega nesse caminho, ela retorna a São Paulo e se torna a primeira mulher e a primeira monja a assumir a presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil. Sua vivência nessa filosofia, sua larga experiência na Vida, sua facilidade em transmitir a mensagem do zen budismo e, sobretudo, sua postura de discípula levaram-na à consagração nacional, como uma palestrante muito requisitada em seminários, congressos e encontros nacionais. Esses compromissos foram aumentando progressivamente em todo o país e fora dele. Hoje, com o advento das redes sociais, esse aspecto da sua Vida foi ainda mais potencializado.

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Ela fala de sabedorias milenares de um modo fácil e consegue fazer explicações que nos levam a perceber a tradição em nossa própria Vida. Sem dúvida, essa capacidade didática é decorrente de toda essa trajetória de Vida: como cristã, repórter, hippie, roqueira e depois, profundamente budista. Se fôssemos usar uma imagem para visualizar esse fenômeno que é a Monja Coen, a melhor ilustração seria de uma ponte que liga duas margens muito distantes. De um lado, a tradição milenar da filosofia budista e de outro, a nossa vida

cotidiana de trabalho, estudo, família e desafios pessoais, que são próprios do Século XXI. Conseguir ter coerência entre uma Vida Espiritual e, ao mesmo tempo, não afastar-se do modo de vida atual é uma Arte. Esse é o motivo de tanta procura pela Monja, ela trás para o nosso cotidiano, com muita didática e de forma muito acessível, os ensinamentos do Zens.

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O Zen Budismo é uma síntese de duas correntes de pensamento muito antigas e profundas, o budismo e o taoísmo. Desse encontro, nascem princípios ligados ao autocontrole, a prática de meditação, a descobertas da natureza da mente e da verdadeira natureza de todas as coisas. Essas idéias trazidas por essa tradição não são meramente intelectuais mas vivenciais. As reflexões Zen Budista só tem sentido quando vividas na experiência pessoal, quando traduzidas na existência, no cotidiano. Esse modo de existir vem se tornando cada vez mais raro no mundo, pois nossas condições de sobrevivência vão se tornando cada vez mais complexas, multifacetadas e de difícil alcance, nos levando a um ponto em que praticamente gastamos todo o tempo da Vida para dar conta das demandas diárias. É nesse contexto que a voz da Monja Coen é como a voz do que clama no deserto. A partir de sua experiência pessoal, conseguiu fazer muitos alcances nesse caminho da Sabedoria, tal qual o cativo que se liberta no mito da caverna de Platão e volta para libertar os seus semelhantes. Ela vem às mídias sociais com uma mensagem de libertação e o que valida sua mensagem é a sua vivência dessa Sabedoria a partir de sua trajetória de Vida. Uma Monja Coen não nasce apenas das muitas leituras, não nasce das técnicas de retórica, nem de marketing pessoal. A Monja Coen é fruto de uma Vida dedicada integralmente à busca pelo Sagrado, ao Amor à Sabedoria, à Iluminação, e isso envolve muita renúncia, muito sacrifício de desejos e superficialidades. Ela é um exemplo de discípula e de mestra, um verdadeiro convite à Sabedoria.

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