Dia do Médico: Curando Corpos e Almas

No Dia do Médico, refletimos sobre o valor da saúde, um dos bens mais preciosos do ser humano, cuja importância só percebemos quando enfrentamos a doença. Apesar disso, só percebemos o seu valor quando vivemos a realidade da doença. É nesse momento que entendemos o valor inestimável das pessoas que cuidam de nossa saúde física, que podem estar em diferentes profissões como enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas e, principalmente, o médico.

A medicina é uma das profissões mais antigas do mundo. Em culturas mais primitivas, aquele que cura tem um status extremamente relevante dentro da sociedade e é, muitas vezes, visto como um sábio. Isso ocorre porque ele sabe tratar as feridas, as enfermidades e reconhece quando um corpo está saudável ou não. Essa capacidade de diferenciar o bom do ruim, o saudável do enfermo, é, em grande medida, um sinal de sabedoria. 

Nesse sentido, podemos afirmar que o Bem do corpo é a saúde. Nós sempre buscamos, a todo momento, zelar por ele e, com certeza, nenhum de nós deseja ficar doente, mesmo que, por vezes, nossas atitudes demonstrem o contrário. Quantas vezes contrariamos ordens médicas ou cultivamos hábitos que não são nada saudáveis? 

Apesar dessas atitudes, o fato é que preservar a saúde é um dos temas mais sensíveis a vida humana, mesmo que, inevitavelmente, a doença nos alcance em algum estágio de nossas existências. São nesses momentos de dor e aflição que reconhecemos o Valor de um corpo e mente sãos. Nessas horas, necessitamos de diversos profissionais que dedicam suas vidas à arte da cura, mas hoje falaremos estritamente de um deles: o médico.

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O valor da medicina na vida humana

A medicina é uma necessidade civilizatória. Cuidado com os pacientes, investigação para descobrir as causas das doenças e sacrifício são algumas Virtudes necessárias para a prática da medicina. O médico deve sentir, antes de tudo, um profundo Amor pelo seu ofício e pelo Ser Humano. Deve sentir a necessidade de ajudar os necessitados, não por recompensas, mas por Amor ao próximo. Não por acaso, no juramento de Hipócrates, encontramos o seguinte juramento: “prometo solenemente consagrar minha vida ao serviço da Humanidade”.

A medicina, portanto, é um elemento civilizatório, propriamente Humano. Indo além, ao olharmos para as antigas civilizações, por exemplo, perceberemos como estas já apontavam a saúde como elemento essencial para a convivência. As divindades destinadas à medicina comprovam isso: Asclépio, na Grécia; Serapis, no Egito; Dhanvantari, na Índia; Patecatl, na tradição asteca. Os nomes e formas variam de acordo com a cultura de cada povo, mas todos entenderam a mesma mensagem: a medicina é uma pedra angular da sociedade.

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As representações dos Deuses da medicina variam nas suas formas e em seus símbolos, mas um ponto sempre foi comum em todas as grandes civilizações da antiguidade: a compreensão de que a medicina não é uma arte de tratar somente o corpo. Para esses povos, o Ser Humano não é apenas um organismo vivo, com um corpo físico que funciona como uma máquina biológica. A nossa constituição é complexa, pois possuímos emoções, pensamentos, motivações, e tantos outros aspectos que não podem ser desconsiderados, se buscamos a saúde plena. A saúde é o reflexo de uma Harmonia física, energética, psicológica, mental e espiritual do Homem.

Dentro desta visão, é impossível ignorar o sentido de transcendência para a saúde. Isso está implícito na própria etimologia da palavra. Saúde vem do latim “saluus”, que se relaciona com “ólos” do grego, significando “todo”. Também se relaciona com a palavra “salvação”. Inclui, portanto, a totalidade do Ser Humano e seu fim transcendente.

Do ponto de vista social, a medicina é uma das primeiras expressões de ajuda e cooperação sincera que existem. Os animais, por exemplo, ao ter um participante do seu bando ferido, deixam-o para servir de comida para os predadores e assim todo o bando pode escapar. Um ser ferido, doente ou que não está em condições saudáveis é visto, em geral, como um fardo e, por isso, acaba ficando para trás. Desse modo, o fato de existir alguém que cuide dos ferimentos alheios e não abandone essa pessoa em prol do grupo é, de fato, um grande sinal de que o seu lado humano aflorou.

Nesse aspecto, podemos dizer que a medicina é uma marca indelével do ser humano, mas não por suas técnicas avançadas e capacidade de criar remédios, tratamentos ou restaurar a saúde do enfermo. Na verdade, essa marca inquestionável se dá pelo fato de, ao exercer a medicina, estamos, de modo mais profundo, exercendo a generosidade, a bondade, o cuidado e colocando nossos esforços em prol dos outros e não de nós mesmos. 

Dito isso, é compreensível que a medicina não seja uma profissão ou uma série de técnicas, mas, em seu estado mais profundo, é uma maneira de exercer nossas virtudes. Porém, manter-se saudável é um desafio perene e o médico, assim como todos os outros profissionais da saúde, são extremamente importantes. Não por acaso, como já falamos, em todas as civilizações, existem divindades para a medicina; e nas das culturas humanas, o médico sempre foi extremamente valorizado.

O que é a saúde para o ser humano?

Agora que entendemos a importância da medicina, é fundamental entender como podemos nos manter saudáveis. Em linhas gerais, sabemos cuidar do nosso corpo físico, uma vez que dedicamos grande parte do nosso tempo a ele. Fazemos uma boa higiene física, nos alimentamos relativamente bem, praticamos exercícios. Porém, basta apenas isso para sermos saudáveis? A resposta, em síntese, é não.

Para ser verdadeiramente saudável, o Ser Humano necessita não só harmonizar todos os fatores que participam de sua constituição, mas acima de tudo, dar um sentido à sua Vida, encontrar e viver plenamente o papel que lhe cabe na existência. Portanto, mesmo que fisicamente nossos corpos sejam saudáveis, se não entendermos o que viemos fazer neste mundo, por que nascemos nesse tempo histórico e qual a finalidade de nossas existências, é bem provável que, ao longo do tempo, caiamos em alguma enfermidade. Pois, mesmo com o corpo saudável, nossa psique começa a adoecer – como diz o ditado romano, é preciso ter uma mente sã para ter um corpo são.

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Visto isso, cada vez mais fica evidente a necessidade de médicos em tempos difíceis. Eles, juntos com os demais profissionais da saúde, são a linha de frente quando passamos por epidemias, pandemias e acidentes que colocam em risco a vida dos seres humanos. Não por acaso, foram eles que estiveram desde o início à frente do combate contra a pandemia do coronavírus (COVID-19). Arriscaram suas vidas em detrimento dos doentes, redobraram os esforços e plantões, sacrificaram o convívio com suas famílias. 

Por isso, mesmo que muitos de nós não tenhamos tido contato físico com médicos nos últimos meses, os seus exemplos de Heroísmo e Dignidade são como remédios para as feridas da nossa Alma, que é constantemente agredida com tanta corrupção e covardia presentes neste mundo. Não obstante, a palavra “médico” se tornou sinônimo de “Herói”.

Entretanto, com ou sem pandemia, os médicos e demais profissionais já praticavam esse sacrifício diário em nome de suas funções. O que ocorreu, de forma mais objetiva, foi que passamos a enxergar a atuação deles depois da COVID-19. E, semelhante ao que acontece numa sala escura quando é iluminada, passamos a distinguir mais claramente o papel e atuação destes profissionais. Frente a todas essas questões, deixamos aqui nossa singela homenagem ao dia do Médico, os Artistas na Arte da Medicina.

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