A Ciência Argumenta a Favor ou Contra Deus?

Deus existe? Sem sombra de dúvidas, essa é uma das perguntas mais feitas em toda a história. É importante, antes de tentar responder a essa questão, entender o que chamamos de “Deus”. 

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Primeiramente, devemos ressaltar que não pretendemos dar uma resposta final a essa questão, afinal, seria muita presunção afirmar a favor ou contra a existência de Deus. O que queremos é refletir sobre o que é Deus e como essa ideia está presente na humanidade desde seus primórdios.

O enigma de Deus: o grande mistério do cosmos

Representação de diferentes culturas antigas explorando o conceito de Deus.
Civilizações antigas e a busca pelo divino.

Todas as culturas antigas tentaram entender o que seria Deus. Por diversos nomes como “Uno”, “Mistério”, “Logos”, essa ideia foi manifestada tanto no Oriente como no Ocidente. Tais civilizações, através de sua percepção da vida e reflexão sobre o mundo, chegaram a pensar em Deus como a força organizadora de todo o cosmos. Deus não teria uma forma física, muito menos seria parecido com o ser humano, mas seria uma força, uma inteligência capaz de colocar tudo em seu devido lugar, organizar as leis do Universo e fazer toda natureza obedecer aos seus ditames.

Essa perspectiva coloca Deus em uma camada inalcançável para a humanidade, que limitada em seus sentidos e pensamento, não conseguem conceber Deus em sua totalidade. Não por acaso, as religiões antigas, em geral, as politeístas, representavam essa divindade em diferentes formas, espalhando por todos os aspectos da natureza um pouco desse espírito divino. Assim, ao invés de conceber um único deus, haveria uma miríade de seres que, no fundo, seriam apenas representações dessa inteligência ordenadora do cosmos.

Por séculos, essa foi a grande explicação acerca do Universo, do nosso papel no mundo e como a natureza funciona. O ateísmo foi considerado uma ideia absurda e sem o menor sentido, e devidamente excluído de toda e qualquer discussão nesse período. Afirmar que não existe um ou vários deuses era um crime passível de morte, afinal, em um mundo de crenças, colocá-las em xeque era um atentado contra a própria divindade.

Apesar desse cenário, com o passar do tempo e o avanço das pesquisas científicas, ficou provado que não era necessário nenhum Deus para explicar os fenômenos de nossa realidade. O que na antiguidade, por exemplo, era visto como a ira de Zeus com seus trovões, hoje, nada mais é do que um fenômeno meteorológico; Vulcano não se zanga ao expelir suas lavas e fumaça no mundo, mas esse é apenas um processo de vulcanismo ocorrido no interior do nosso planeta que, de tempos em tempos, jorra seu magma para a crosta terrestre.  

Imagem comparando um trovão como fenômeno científico versus mitológico.
Ciência desmistificando fenômenos naturais.

Dessa forma, hoje, a sociedade se divide basicamente naqueles que acreditam em Deus e aqueles que acreditam na ciência. Entretanto, ainda há muitos mistérios acerca do cosmos e em torno do nosso planeta. Será que a ciência é capaz de explicar tudo que nos cerca?

Deus vs Ciência? Seriam essas ideias tão opostas?

Mas será que é isso mesmo? Ou se acredita em Deus ou na ciência? A ciência cria argumentos contra Deus? Essa postura é muito comum nos dias atuais, colocando em oposição religião e ciência. Apesar de parecem opostas, ambas possuem uma mesma finalidade: explicar como a natureza funciona. É evidente que a explicação religiosa não parte de um embasamento científico, com empirismo, mas, sim, de argumentos filosóficos. A filosofia, usando a razão e a lógica, é capaz de ser um ponto em comum entre esses dois caminhos.

Ciência e religião simbolizadas lado a lado.
A dualidade entre ciência e religião.

Nesse aspecto, uma visão filosófica é capaz de juntar ciência e religião, mostrando que o que alguns podem chamar de Deus, outros podem chamar de leis, axiomas e princípios da natureza. De fato, quando pensamos em Deus, no sentido religioso do termo, geralmente afirmamos que esse ser está presente em todos os locais do Universo. Ora, as leis da natureza – como a gravidade, por exemplo – também estão presentes em tudo, desde os ínfimos grãos de areia até o centro da galáxia.

Percebem que são explicações distintas para um mesmo aspecto? Há algo que nos circunda, que nos mantém unidos, que faz com que toda a natureza aja de maneira harmônica. Nada no Universo está isolado, sozinho, afinal, a gravidade está sempre nos conectando a algo. Podemos constatar isso não apenas no macrocosmos, mas também no microcosmos. Dentro do nosso corpo, nenhuma célula se mantém isolada, está sempre em relação com outras. É graças a essa infinita série de relações que nosso organismo se mantém uno, vivo e desperto.

Visto isso, a questão que devemos refletir é: todo o Universo pode ser explicado por um grande acaso, ou existe uma Inteligência e uma Vontade por trás da criação? Será que tudo que nos forma pode ser uma grande aleatoriedade?

Assista ao vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões.

Não esqueça de ativar as legendas em português.

A complexidade e a “afinação” que existe entre todas forças que regem o Universo é tão precisa que nos deixam impressionados. A Vida em si é como se fosse uma grande sinfonia executada por uma infinidade de instrumentos musicais. Segundo a filósofa russa Helena Blavatsky, para acreditarmos que tudo isso é por acaso, deveríamos acreditar também que, se jogássemos um conjunto de madeiras e metais para o alto várias vezes, em algum momento eles cairiam no formato de um piano interpretando “Tocata e Fuga” de Bach.

Ainda que não seja possível provar, sempre que estamos diante de algo tão belamente harmonizado, como uma obra de arte ou um pôr do sol, o bom senso nos leva a crer na Inteligência e não no acaso.

Representação artística de forças cósmicas em harmonia.
Harmonia das forças do universo.

Acreditar que todo o cosmos é um grande jogo de dados e que tudo ocorre de forma aleatória é acreditar que vamos alcançar grandes conquistas sem fazermos nada, afinal, tudo ocorre “por acaso”. Frente a isso, devemos entender que o que chamamos de “sorte” ou “azar” é, no fundo, a nossa própria ignorância frente a uma lei da natureza, que atua em nossa vida e não percebemos os seus efeitos, somente sentimos as consequências de obedecê-la ou desrespeitá-la.

Assim, Deus continuará sendo um grande enigma, pois somente poderemos alcançá-lo quando percebermos que o Universo é, no fundo, uma grande evidência dessa inteligência cósmica, desse logos que se manifesta na natureza a partir das leis que ordenam o Universo. Deus, portanto, só pode estar fora da natureza, mas se faz presente quando percebemos a beleza que há na harmonia da vida, em suas nuances mais peculiares que nos atingem, tanto a nível pessoal quanto coletivo, ou seja, em toda humanidade.

Dito isso, que possamos observar um pouco mais desse belo e enigmático mistério que está à nossa volta. Assim, poderemos entender que Deus não é uma questão religiosa, muito menos uma crença, mas uma evidência de que há uma ordem no cosmos e que se manifesta em todos nós. Quando isso ocorre, nos aproximamos desse divino que há dentro e fora de nós. 

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