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A Guerra de Tróia

Conta a história que gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto de uma princesa chamada Helena, esposa do rei espartano Menelau. O rapto se deu por Páris, filho do rei Príamo de Tróia, que em missão diplomática se apaixonou pela bela jovem Helena e a levou consigo. Menelau enfurecido pela quebra das regras diplomáticas, organiza um poderoso exército e designa Agamenon, seu irmão, para comandar o ataque aos troianos com mais de mil navios, usando o mar Egeu como rota. Nessa história, vamos encontrar grandes heróis guerreiros como Heitor, Aquiles e Ulisses, um dos grandes estrategistas da área militar grega. Esse caso romântico foi motivo suficiente para pôr em marcha um conflito bélico entre aqueus, um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga, e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia, que durou aproximadamente 10 anos e aconteceu entre 1300 e 1200 a.C.

A guerra chegou ao seu término graças a uma estratégia utilizada por Ulisses. O gênio estrategista elaborou um plano em que diriam aos seus inimigos troianos que estavam desistindo da guerra e, para celebrar a paz e como prova de reconhecimento da derrota, iriam presentea-los com um grande cavalo de madeira. Os troianos acreditaram, aceitaram e permitiram que o enorme presente fosse conduzido para dentro de seus muros protetores. Com a possibilidade da derrota dos gregos e os vendo sair em retirada do seu campo de batalha, os troianos passaram uma noite de muita festa e comemoração e foram dormir exaustos. E foi neste momento que as portas que existiam escondidas no cavalo de madeira abriram-se, e dele saíram centenas de soldados gregos, que abriram as portas da cidade troiana para o ataque mortal até a total destruição da cidade de Tróia.

Longe de ser apenas um conto histórico recheado de paixão, guerra e suspense, a guerra de Tróia foi um acontecimento histórico já comprovado pelo arqueólogo alemão Heinrich Schliemann, que encontrou as ruínas da antiga cidade de Tróia localizada na Turquia, assim como as demais cidades de Micenas, de onde os navios gregos partiram para aquela Guerra. Hoje, já é aceito que a guerra de Tróia realmente aconteceu como fato histórico, entretanto não por um motivo romântico, mas por disputa das rotas do comércio entre aqueles povos. As fontes sobre a guerra são escassas e os relatos são encontrados de forma dispersa em diferentes obras, por exemplo, na obra Ilíada, atribuída a Homero, podemos ver um período dos últimos dez anos de duração da Guerra de Tróia. Conhecida pelos gregos também como Ílion, Tróia, foi a guerra mais longa da História da Civilização Ocidental. Já na obra Odisséia, também escrita por Homero, relata os sofríveis dez anos que Odisseu levou para voltar à sua terra natal, Ítaca, após o fim da guerra de Tróia.

Em algumas Tragédias Gregas, como nas de Ésquilo e Sófocles, se observa episódios esparsos da Guerra. E é na obra de Eneida, do poeta Romano Virgílio, que podemos ver o mais completo relato daqueles eventos. Ainda hoje não se pode provar a quais fontes ele teve acesso, apesar disso a sua versão nos permite conhecer um pouco mais sobre o que era relatado na Era Clássica. Para além dos detalhes românticos, militares e econômicos dessa história, pode-se apreender vários elementos filosóficos, que através dos mitos e das lendas, formaram as bases éticas e culturais da civilização grega clássica.

Portanto, o que podemos aprender com a guerra de Tróia através de seus elementos simbólicos? Como analisar o episódio a partir de uma narrativa mitológica? E quais lições podemos aprender com essa guerra? Independente das respostas que possamos encontrar, cabe refletirmos sobre o que destruiu Tróia: a abertura dos seus portões para a entrada do presente grego. O cavalo de tróia é um símbolo que pode muito nos ajudar a refletir sobre quais os reais motivos que levaram Tróia a perder a guerra, tendo em vista que durante os 10 anos enfrentou todo o poderio grego e protegeu o seu povo da ameaça externa. Entretanto, uma vez que abriu as suas fortes muralhas e permitiu a entrada do inimigo, possibilitou o seu domínio e a sua destruição. Ou seja, mesmo algo muito forte e resistente, se torna frágil quando atacado de dentro para fora. Conosco, simbolicamente acontece o mesmo, o que nos destrói não é o que está em nossa volta, mas o que está dentro. Assim, sempre que baixamos a nossa guarda e permitimos a entrada de elementos externos sem nenhum critério, sem nenhuma inteligência, estamos sujeitos a alimentar dentro de nosso próprio seio o nosso inimigo, que consequentemente pode nos levar a total destruição.

A guerra de Tróia não aconteceu só em um espaço e tempo histórico, acontece conosco diariamente. Sempre estamos cercados por outros valores, em geral que diferem de nossos princípios, e todas as vezes em que relaxamos e abrimos as nossas muralhas para esses elementos externos, nós corremos riscos. Quantos pensamentos ou sentimentos da moda, por exemplo, acolhemos e nutrimos como se fossem nossos? Quantas formas mentais que nos prejudicam, nos paralisam e nos impossibilitam de crescermos em direção a nós mesmos recebemos externamente, e aos poucos as mesmas vão ocupando a nossa vida e expulsando aqueles valores que moravam em nós? É preciso olhar para os grandes fatos vividos pela humanidade, buscando compreender quais as lições podemos aprender…

A Guerra de Tróia pode muito nos ajudar nesse ponto.

Quer saber mais sobre esse assunto? Então vem conferir a nossa série com 4 episódios de Podcast sobre “A Guerra de Troia” que preparamos especialmente para Você. É só clicar AQUI!

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