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Tiradentes e o Preço das Nossas Escolhas

Desde 1500, vários nomes deixaram sua marca na história do Brasil. Entre eles está o de Joaquim José da Silva Xavier. Você já ouviu falar dele em aulas de história, mas, provavelmente, só lembra do seu apelido: Tiradentes. Apesar de ter sido militar, sua fama não se deu por algum feito enquanto servia ao exército. Também não ganhou notoriedade por ter assumido algum cargo público importante, por ser intelectual, ou mesmo por ser alguém nobre (três coisas que ele não era), pois, de nobre, tinha apenas as intenções.

Joaquim chegou a ter diversas ocupações, desde mineiro até Alferes, no regimento dos Dragões nas Minas Gerais. Seu apelido de Tiradentes surgiu anos antes, quando aprendeu, com seu padrinho, o ofício de dentista. Apesar de ter sido nomeado comandante de patrulha do Caminho Novo, pela Rainha Dona Maria, Tiradentes continuava longe de ser um nobre. No entanto, ele teve contato com os ideais iluministas e passou a compartilhar com alguns membros da nobreza o interesse de tornar o Brasil independente.

Tudo isso que já foi dito, as razões que resultaram no surgimento da Inconfidência Mineira, e o que levou o Alferes a aderir a causa, são muito bem documentadas e explicadas em aulas de história. Inclusive, se estiver precisando recapitular, assista ao vídeo a seguir.

Mas, algo que raramente é dito, e que você não viu no vídeo acima, é o desfecho da Inconfidência Mineira. Dos mais de 30 membros detidos, 11 foram condenados à morte por forca, mas todos eles conseguiram recorrer à Justiça, utilizando sua origem nobre, e tiveram suas penas convertidas em exílios nos países africanos, com exceção de um “revolucionário”: Tiradentes! O único membro que não possuía uma família ou cargo nobre.

Alguns dos inconfidentes chegaram a falecer em cárcere, outros na viagem até o exílio, e outros, até mesmo no próprio exílio. Mas nenhum passou a humilhação que Joaquim José da Silva Xavier sofreu. Ficou preso por dois anos, teve que caminhar de sua cela até o local da execução e, após o enforcamento, foi esquartejado, tendo as partes do seu corpo empaladas e expostas ao longo da estrada do Caminho Novo (a mesma pela qual ele viajou por anos).

Os sobreviventes seguiram suas vidas, alguns até voltaram a assumir cargos nobres, mesmo no exílio, mas Joaquim José Xavier não teve a mesma sorte. Seus companheiros, com medo de terem suas penas convertidas para a mesma do humilde Alferes, viraram as costas no momento em que ele mais precisou.

Esse trecho da nossa história nos faz refletir sobre as nossas companhias e sobre como encontrar nosso lugar na sociedade. Mesmo que a causa seja nobre, e que estejamos lutando por um bem maior, se estivermos na hora errada, com as pessoas erradas, poderemos ter que pagar o valor das nossas escolhas com a nossa vida.

O exemplo de Tiradentes nos mostra que, são poucas as pessoas que se mantém fieis aos seus ideias até as últimas consequências. Podemos trazer isto para uma reflexão em nossas vidas, e fazer duas perguntas a nós mesmos:

“Qual é causa que dá sentido à minha vida e, em defesa dela, eu suportaria qualquer adversidade?”

“Quem são as pessoas que estarão comigo até o fim?”

Se você consegue responder a essas duas questões, pode ter a certeza de que você possui algo que poucas pessoas no mundo possuem: um sentido de vida e verdadeiros amigos.

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