Conquistar as coisas geralmente é muito difícil, envolve, às vezes, anos de preparação, muito trabalho, quando não lutas, para alcançar o que sonhamos. Mas há algo ainda mais difícil, muito mais difícil: consolidar uma conquista.
Para exemplificar, todos os anos, milhares de pessoas se aventuram no projeto de abrir suas empresas. Para chegar a isso, muitas vezes usam todos seus recursos, além de muito tempo de estudo e preparação, até chegarem ao ponto tão esperado de, finalmente, abrirem seus negócios. Sonho consumado? Não! O IBGE informa que, só no Brasil, a cada 100 empresas novas que abrem, 30 não duram 2 anos, e mais de 60 fecham as portas em menos de 5 anos. O que houve? A meta foi atingida, mas não foi consolidada.
Por que isso acontece? Possivelmente porque toda dedicação e esforço que houve no início, quando nascia o projeto, seja do casamento, da empresa, da formação superior ou qualquer outro, não tem continuidade. É como se imaginássemos a vida como uma corrida de cem metros, e que depois de um bom impulso inicial, logo cruzaríamos a linha de chegada, aproveitando os louros da vitória.
Mas a vida não é um sprint de 100 metros. Esta mais para um longo Triátlon com quilômetros de corrida, seguida de quilômetros de natação e depois quilômetros de pedalagem. Aqui, importa mais atenção ao ritmo do que a velocidade. Este ritmo, hora tem que ser mais lento, hora mais rápido, sendo importante saber o momento certo para cada um.
O que vale para uma pessoa ou uma empresa, também vale para uma nação.
Na época do império, por exemplo, muitos brasileiros acalentavam o sonho de ver o país tornar-se uma República. Esse desejo durou décadas e fez famosas vítimas, entre elas o mineiro Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e o pernambucano Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca.
Finalmente, em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com apoio de parte da sociedade brasileira, proclama a tão desejada República e é aclamado o primeiro presidente do Brasil. Sonho consumado? Não! Pois há uma Lei Natural que Sir Isaac Newton percebeu na física, mas que se estende por todos os campos da natureza: Lei da Ação e Reação. E é justamente essa lei que ignoramos em muitos de nossos planos pessoais.
Como reflexo dessa lei, começou a haver um forte movimento de resistência ante à República, tentando derrubá-la e restabelecer a monarquia. A pressão foi tanta, que o proclamador e presidente Deodoro da Fonseca, se viu obrigado a renunciar. Neste momento, todo projeto que tinha levado o país até ali poderia ter naufragado, não fosse pela determinação de um homem, Marechal Floriano Peixoto, até então vice presidente. Com uma visão de estadista, ele soube impor o ritmo certo as mudanças necessárias para consolidar a República, inclusive, estabelecendo uma nova constituição, que se fazia necessária. Também soube, respeitando o ritmo dos ciclos, o momento certo de passar o comando do país para o primeiro presidente civil, mesmo com seus aliados desejando mantê-lo no poder de forma arbitrária.
Nascido de família muito pobre, esse nordestino de Alagoas, aprendeu desde cedo o valor de ter determinação e, a despeito das circunstâncias pouco favoráveis de sua vida, soube aproveitar as oportunidades de crescimento, não só no âmbito profissional, mas especialmente no campo moral, o que demonstra em toda sua vida, sendo exemplo de honestidade, coerência e respeito às leis, mesmo estando no mais alto cargo do país como presidente da república. A vida deste homem é uma prova que não somos limitados pelo meio, e somos capazes de superar todas as adversidades, para crescermos com um bom caráter e conquistarmos os nossos sonhos.
Não entrando no mérito se era melhor o Império ou a República, vale a pena saber como esse homem de coragem conseguiu consolidar uma mudança tão radical, num país de tamanho continental como o nosso, sem fragmentá-lo. Um pouco disto está no vídeo abaixo que selecionamos para você.
