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Vencendo a debilidade e buscando a Harmonia Interior

O que nos torna fracos? Já experimentou fazer essa pergunta? Ainda não? Então desafiamos você a tentar, pois, em algum momento da nossa vida, o próximo passo da caminhada exigirá um olhar atento para dentro do nosso interior e o reconhecimento sincero de nossas potencialidades e debilidades. Tal postura, nos ajudará a compreender quais são as ideias, as emoções e os sentimentos que não nos servem mais e que precisam ser extintos, além de nos ajudar a escolher com clareza quais as ferramentas que nos serão úteis para seguir na caminhada.

Para os que já ousaram com coragem questionar-se sobre quais os fatores que mais os debilitam, certamente, chegaram à conclusão, que no primeiro momento, a maior parte das justificativas vão estar atreladas a motivos muito mais externos do que internos. Podemos citar como exemplo que o que nos debilita é a falta de dinheiro, a perda de um ente querido, a impossibilidade de uma viagem a qual se tanto sonhava, a ausência ou rejeição de um relacionamento amoroso, o não sucesso de algum projeto, ou até mesmo, o desejo frustrado de se ter algo do qual julgamos como muito necessário, mas que por algum motivo não o temos.

O interessante é que assumir a postura de atribuir ao externo a responsabilidade pelas nossas debilidades, pode nos colocar de maneira muito perigosa numa atitude de vítima diante da Vida, vítima das circunstâncias ou das pessoas que nos cercam. E isso nos tira o compromisso e a direção de nossa própria Vida, além de nos paralisar e impedir de crescermos com as adversidades, o que consequentemente, nos torna cada vez mais dependentes e débeis.

Jordan Peterson, psicólogo clínico canadense e professor da Universidade de Toronto, promoveu uma série de vídeos interessantes entre os anos de 2016 e 2018 sobre as várias condições psíquicas de um Indivíduo. No vídeo abaixo, o psicólogo nos fala sobre quais os verdadeiros motivos que nos retiram forças e nos debilitam. Incrivelmente, em menos de quatro minutos de vídeo, o professor canadense nos alerta para o perigo que é viver uma vida fragmentada, viver internamente uma desassociação entre o que pensamos, o que sentimos e o que fazemos. Segundo Peterson, esse não é só um dos maiores fatores que nos tornam débeis, mas, talvez, um dos principais motivos que nos fazem perder o senso de Unidade interior e com isso, a nossa verdadeira Identidade.

Essa percepção do psicólogo é muito interessante porque nos leva a resgatar a filosofia clássica que fala da Constituição do Indivíduo. Se elegermos o conceito do filósofo Platão, veremos que a ideia de Indivíduo está diretamente ligada a uma Unidade interna Humana, indivisível, inalterável, sendo representada a partir da Harmonia de três elementos: o pensar, o sentir e o agir. Assim, a Harmonia desses três mundos ordenados, iluminados e direcionados por uma ideia, ou uma Virtude Universal pode levar o Ser Humano à expressão do seu máximo potencial. Por outro lado, ainda segundo Platão, quanto maior a desarmonia entre esses três mundos, menor a expressão do Humano em nós e, consequentemente, mais debilitado se torna o Indivíduo.

Diante disso, podemos chegar à conclusão de que o que mais nos fragiliza está diretamente relacionado a uma postura interna que temos diante de nós mesmos e da Vida. Já perceberam que compreendemos intelectualmente uma série de coisas, mas não conseguimos realizá-las porque não gostamos ou não as aceitamos? Por exemplo, há um consenso tácito sobre a importância de sermos fraternos, generosos e justos para se viver em sociedade, porém, gostamos de ser egoístas e sempre buscamos nos relacionar com os demais a partir dos crivos que têm por tendência o benefício a nós mesmos. Talvez, daí derivam os altos índices de estados de angústias, medos e tristezas que vivemos na nossa sociedade, uma vez que, os Indivíduos que a constroem se tornam pessoas desarmônicas e desconectadas de si mesmas. Pessoas que pensam uma coisa, sentem outra e fazem outra totalmente diferente. Assim, perdem a Identidade maior com a sua essência, seu interior, e acabam vivendo numa tripla personalidade.

Como mudar esse quadro? Não existe receita pronta, cada pessoa tem uma história e uma necessidade. Porém, ao olhar para as várias experiências Humanas, podemos consultar o legado que os mestres de sabedoria nos deixaram, nos ensinando a viver a Vida pelos exemplos coerentes de suas palavras e ações. Havia uma máxima escrita na entrada do Oráculo de Delfos, na Grécia, que dizia que quem conhece a si mesmo, conhece todas as Leis do Universo. Então, para se construir uma Unidade interna e fugir dessa desintegração, o primeiro passo é conhecer a si mesmo. Vale lembrar, que essa é uma das tarefas mais difíceis que teremos que realizar na Vida. Pois, conhecer a si mesmo exige de nós um renúncio das fantasias que temos em torno de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Uma postura clara de maturidade frente ao reconhecimento dos nossos potenciais e das nossas debilidades. Isso nos fortalece e nos conecta com os nossos pensamentos, ideias e sentimentos mais íntimos.

Um segundo passo, tão importante quanto o primeiro, é aceitar as nossas fragilidades ou as nossas debilidades com muita Sinceridade, Humildade e Compromisso. Se partimos do pressuposto de que estamos nos construindo ao longo dessa existência, é claro que temos muitas coisas a serem melhoradas ou superadas. Para isso, é importante amar-se e respeitar os limites de nossa compreensão, mas sem perder de vista o compromisso de caminhar sempre em frente buscando superação.

Por fim, o terceiro e último passo é a escolha consciente de um método pelo qual queremos Viver. Na natureza não há vácuo, se não escolhemos os Princípios e os Valores que queremos como base de nossa existência, delegamos para que alguém o faça, o que nos torna passivos das circunstâncias. Após a seleção dos Valores de nossa base moral, é necessário que ordenamos os nossos pensamentos, os nossos sentimentos e as nossas ações buscando com isso uma Unidade coerente entre esses três mundos do nosso Interior Humano. As grandes tradições sempre nos apontaram para a importância de desenvolvermos Valores no campo do Ser e não do ter. E esses Valores como a Justiça, a Fraternidade, a Bondade e a Generosidade dependem de um esforço individual. São Virtudes intrínsecas à própria condição Humana, por isso quanto mais próximos desses Valores estiver o nosso pensar, o nosso sentir e o nosso agir mais conexão, mais Unidade e mais fortes nos tornaremos.

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