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Namastê: Uma Saudação para a nossa Divindade Interior

Como você cumprimenta seus amigos e familiares? Um abraço, um ou dois beijos no rosto, um ‘hi-five’, ou apenas um aperto de mão, correto? Dependendo da intimidade e convivência, temos formas específicas de cumprimentar as pessoas à nossa volta. Quanto mais próxima a pessoa, mais íntimo é o cumprimento ou saudação ao encontrá-la. Já percebeu que a forma como nos cumprimentamos reflete muita da nossa cultura? Cada país tem uma dinâmica diferente. Um brasileiro, ao se encontrar com alguém, tem uma forma muito mais acalorada quando comparado com um britânico, por exemplo. 

A forma como as pessoas vivem refletem a cultura dos seus respectivos países. O brasileiro naturalmente tem uma postura diferente do britânico que, por sua vez, será diferente do americano, do egípcio e do japonês. Não há nada de errado em ter diferenças, pelo contrário, é enriquecedor, uma vez que revela curiosamente um pouco da mentalidade por trás dos gestos. Quando comparamos o Ocidente com o Oriente, vemos que há uma postura mais cerimonial e formal dos Orientais, quando comparada com o ‘lado de cá’.

No Ocidente, observamos uma certa informalidade, emoções à flor da pele e gestos com menos polidez e cautela. Já o Oriente nos ensina sobre rituais, cerimônias e posturas elegantes. É só observar o estilo de vida de um japonês, de um hindu, de um tibetano (…). A forma como se alimentam, como entram e saem dos ambientes, como tomam seus chás e, especialmente, como se cumprimentam, é, de fato, impressionante como se pode colocar tanta consciência em gestos tão banais e rotineiros. Algo que para nós Ocidentais, é raro, para eles é quase obrigatório. Tomemos como exemplo o marcante episódio da Copa do Mundo de 2014 em que os japoneses limpavam os estádios ao sair do jogo.

É claro que há muito o que aprender com essas culturas, assim como elas têm de aprender com a nossa, mas, neste texto, gostaríamos de destacar um aspecto em especial da cultura Oriental que é altamente inspirador: a saudação. Toda cultura antiga tinha uma forma de se saudar. Quanto mais rica a civilização, moralmente falando, mais inspiradora era a forma de se cumprimentar. Maias, Incas, Astecas, Egípcios, Chineses, todos esses povos usavam a saudação como uma forma de lembrete do espírito, da essência, do Divino. 

Esse é o caso da saudação denominada de “Namastê”, muito utilizada na Ásia. Do sânscrito, Namastê significa “O Deus que está em mim, saúda o Deus que está em você!” E o que quer dizer isso? Essa singela frase traz muita profundidade, pois, ao afirmar que o seu Deus saúda o outro Deus, parte-se do pressuposto que todo ser humano tem dentro de si o Divino. Que há algo mais espiritual para além dos pensamentos, emoções, desejo. Só esse aspecto já nos faz refletir bastante, pois quantas pessoas hoje acreditam nisso? Quantas ignoram que há algo de mais celeste, mais misterioso na natureza humana, presente no íntimo do nosso Ser? Fazer essa saudação exige que, em primeira instância, acreditemos verdadeiramente que o Divino habita dentro de nós. 

Além disso, há que acreditar também que o Divino está presente no próximo, e não só em você. Está presente no vizinho que não gostamos, no chefe intolerante, na pessoa antipática da rua e até mesmo em alguém que comete uma injustiça. Mesmo que acreditemos que o Divino está em nós, será que temos convicção que ele está também nessas pessoas? Normalmente desconsideramos isso nas nossas relações de convivência. 

Passada essa primeira e difícil fase, vamos para a segunda. Uma vez que se reconhece o Divino em si e no próximo, é hora de tornar o dia mais cerimonial. Se temos em mente que há algo de eterno, imutável e espiritual em nós, isso deve ser expressado constantemente nas ações, até mesmo as mais banais como cumprimentar outra pessoa. O ato de cumprimentar torna-se um lembrete para ambos de que no fundo todos somos iguais e temos a mesma essência, e isso é o que nos define como seres humanos. 

De toda forma, o homem é o único ser capaz de pensar conscientemente sobre o Divino. Sobre sua essência, a imortalidade da alma, vida e morte, e isso não deve ser desperdiçado. Imagina quantas frustrações na vida, quantas tomadas de decisões equivocadas, quantos conflitos causamos por esquecermos desses aspectos mais profundos dentro de nós mesmos? Devemos nos lembrar constantemente disso! 

Não somos indianos nem japoneses, mas isso não nos impede de saudar as pessoas com essa mentalidade inspiradora. Podemos continuar nos cumprimentando com o clássico “Oi, tudo bem?”, mas no fundo podemos pensar que o melhor de nós naquele momento saúda o melhor dela. Que tal fazer o teste? Com certeza será um ótimo exercício, talvez por isso os Orientais possuam uma postura tão cortês e elegante ao andar, se alimentar etc, porque quando pensamos sempre no melhor que há em nós, fazemos com que isso se estenda à nossa volta. Desperte o melhor dentro de você e inspire os outros a fazer o mesmo, e, com certeza, descobriremos algo sobre nossa essência que até então desconhecíamos.

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