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As Aparências Enganam

“As aparências enganam”, “não julgue o livro pela capa”, quantos ditados já não ouvimos falando sobre a mesma ideia? O preconceito é tão antigo quanto a própria humanidade, o tempo passa, mas não conseguimos nos libertar desta visão distorcida do que se passa à nossa volta. Cometemos grandes injustiças, reivindicamos as leis, exigimos novos direitos, mas não trabalhamos a nossa visão preconceituosa.

Segundo os dicionários, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico; ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado sem conhecimento abalizado, ponderação ou razão; intolerância.” Se uma opinião concebida sem exame crítico é uma opinião preconceituosa, imagine quantas opiniões dessas não emitimos por dia! Um filósofo indiano do século XIX, chamado Sri Ram, comenta que, às vezes, somos tão apegados às nossas opiniões e pontos de vista, que nos tornamos prisioneiros delas. Nós nos entrincheiramos nelas, o que é uma pena, pois perdemos uma série de oportunidades de conhecer novas pessoas, e com elas, novas experiências e novas visões de mundo. Por isso, é importante aprendermos a abrir mão de nossos pontos de vista, de vez em quando. Afinal de contas, nem sempre estamos certos e, independente disso, essa é também uma oportunidade de conhecer o mundo sobre outra perspectiva.

Às vezes até reconhecemos que temos uma visão errada e preconceituosa, mas não conseguimos abrir mão dela. Sri Ram, inclusive, fala que exige muita maturidade emocional e humildade para abrir mão de opiniões pessoais. A humildade faz com que a gente se posicione de maneira adequada, reconhecendo nosso papel, sem o sentimento de superioridade sobre as pessoas. Um bom exercício de humildade, proposto pela filósofa Helena Blavatsky, sugere que devemos ter consciência de que sempre há alguém no mundo com quem podemos aprender algo, e sempre haverá alguém a quem podemos ensinar algo. Se eu vivo a ideia de que posso aprender com todos, independente do nível de instrução, raça, religião, estilo de vida, eu quebro o orgulho e o preconceito, e assim aprendo. Ou seja, sem humildade é impossível crescer.

A natureza não possui nível de superioridade e inferioridade, não possui preconceitos, essa é uma atitude antinatural que tomamos, e, por ser antinatural, a vida vai acabar nos corrigindo, cedo ou tarde. Exatamente como acontece no vídeo com Jafar, fazemos uma série de distinções com crenças, etnias, etc, mas por dentro, somos os mesmos. Fisicamente, nossos órgãos são os mesmos! Quantas vezes à nossa volta há alguém disposto a nos ajudar e tentamos impedir a qualquer preço, por questões de implicância pessoal? É somente nos abrindo para o novo, e quebrando as opiniões geradas pelas aparências, que poderemos crescer. Afinal, as aparências enganam.

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