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A Criação de Adão e seu profundo significado

Uma das obras de arte mais conhecidas da história da humanidade, A criação de Adão é um afresco (pintura sobre parede) do renascentista Michelangelo, feita no teto da Capela Sistina, no Vaticano. A imagem nos marca não só pela Beleza e apuro técnico com a qual foi pintada, mas principalmente pela profunda mensagem sobre os Mistérios da Vida e da Criação do Ser Humano que ela carrega.

Até hoje a ciência e os demais campos do saber humano debatem sobre como surgiu a vida, o porquê do Big Bang, qual a lógica por trás das Leis da Natureza e do Universo. Perguntas que levam muitos de nós a jornadas diversas na busca por respostas. Michelangelo, por volta do século XVI foi convidado pelo Papa Júlio II a pintar no teto de uma capela italiana uma dessas respostas.

A encomenda para o famoso escultor era de pintar todo o teto de 40m x 14m de dimensão com temas do Antigo Testamento. Neste texto nos referimos especificamente a uma das obras que compõem a tríade principal, que está quase no centro da pintura, e que fala da Humanidade. A criação de Adão ilustra o momento em que Deus, com seu sopro de Vida, cria o primeiro dos Homens.

Michelangelo incutiu em todas as cenas pintadas, os Valores Humanos que tanto estimava e que era a visão de mundo que estava sendo resgatada pelo Renascimento, principalmente da tradição greco-romana. Nos 2,8m x 5,7 m do afresco, vamos encontrar nas formas e nos símbolos, todo o conhecimento do pintor acerca desta ideia de resgatar o Valor do Ser Humano e do seu profundo Sentido na Vida.

Deus é representado com barba e cabelos brancos mas corpo vigoroso, primando por um realismo. Michelangelo nos mostra um Deus, simbolicamente falando, com Sabedoria, Experiência de Vida, mas também Vitalidade e Força. 

Deus está flutuando, em volta dos anjos, numa espécie de lenço semelhante ao formato de um cérebro. Michelangelo era conhecedor de anatomia e acredita-se que isto não é mera coincidência, mas sim, a intenção do pintor e escultor em nos falar de Deus como um logos, ou seja, como a mente, a Inteligência Cósmica que dá Vida a todas as coisas.

Adão, por sua vez, parece meio sem energia, como se tivesse acabado de acordar, esperando o toque Divino para lhe transmitir Vida. Aqui Michelangelo nos mostra o quanto a origem da vida, da vitalidade, da nossa vontade por levantar e existir vem daquilo que é mais sutil e Espiritual, apesar de estarmos sempre colocando nossa atenção no que é mais concreto e material.

O gesto tão conhecido entre os dedos de Adão e Deus, próximos mas que nunca se tocam, nos mostra a ideia do quanto aquilo que é Divino, Sagrado e Espiritual, busca a todo momento se expressar na Vida. Mas nós, Seres Humanos, temos muita dificuldade em plasmar. Por exemplo, quais são os momentos em que buscamos ser Justos, Bondosos, Generosos, Fraternos, mas nossas ações são incoerentes? O quão difícil é para nós abrir mão daquilo que é mais concreto e material, em nome das Virtudes e de uma Vida Moral?

“Então Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente.” (Trecho da Bíblia, Gênesis 2-7)

Michelangelo se inspira no Antigo Testamento e também nas tradições da humanidade, que naquele tempo estavam sendo resgatadas pelo Renascimento, para nos mostrar aspectos da realidade da criação e da existência Humana. E nos passa uma mensagem final positiva, já que percebemos uma Harmonia entre o Humano e o Divino. 

A Harmonia entre Deus e o Homem, o equilíbrio entre o Espiritual e o material é o que faz a Vida ter Beleza, Justiça e Bondade e faz com que este afresco nos relembre disso e nos inspire até hoje. 

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