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Ballet: A Arte que Une Leveza e Força

O Ballet é uma Arte que pode ser apreciada a partir de vários pontos de vista. Para muitos, é algo distante da sua realidade: nunca assistiu, não sabe o nome de nenhum movimento, é monótono, não conhece os grandes bailarinos e bailarinas da história, apenas referências à dança, às magras dançarinas e os famosos tutus brancos. Já os que valorizam o ballet, o apreciam, assistem várias apresentações, se aprofundam na vida de alguns bailarinos, acham tudo muito belo e inspirador, com os cenários repletos de leveza, suavidade, elegância e doçura.

Há também os que vivem o ballet, os que dão a vida e o suor para alcançar os movimentos e saltos que adornam as obras e enchem de vida os palcos dos teatros. Talvez estes saibam de fato tudo o que o ballet tem para nos ensinar. Dentre muitos aspectos, podemos destacar três grandes aprendizados extraídos desta clássica dança.

Qualquer um que tenha experimentado aulas de Ballet, ouviu as seguintes orientações da professora: “ponta, calcanhar para fora, joelho para dentro, coxas fechadas, ombro aberto, cotovelo para cima e escápulas contraídas”. Um bailarino profissional executa com alta perfeição estes movimentos, que para o iniciante é um verdadeiro sofrimento, mas o fato é que basicamente todos eles são poses e posturas anti-naturais. Anatomicamente falando, a forma como se contrai alguns dos músculos, como se pisa com o calcanhar para fora e como se flexiona os ombros e braços, é que tornam os movimentos tão belos, não são movimentos que fazemos de forma natural, é quase como se nossa anatomia não fosse montada para realizá-los. O que mostra um valor ainda maior quando vemos o bailarino dançar. Movimentos simples, como o caminhar que ele faz no palco, ou a posição de agradecimento ao final, revela um enorme esforço que tensiona o corpo para alcançar aquela performance.

O que nos leva ao segundo grande aprendizado desta dança, a harmonia que ela traz entre leveza e força. Quanto mais belo o movimento, quanto mais suave o salto, quanto mais alongada a perna da bailarina, maior a força que ela faz para manter-se estável naquela postura, é uma verdadeira estabilidade dinâmica. Para quem assiste, há leveza na imagem, para quem vive, uma força descomunal. Na vida, costumamos fazer o contrário disso. Nossas posturas e atos revelam dureza e grosseria, porém, nós vivemos nossas vidas tratando a nós mesmos de forma “suave” e “leve” (no pior sentido da palavra). Talvez, se aprendêssemos com os grandes bailarinos, poderíamos trocar essa chave mental e sermos firmes conoscos mesmos, mas leves e suaves com os que estão à nossa volta.

Braços e pernas em direção ao alto, postura sempre ereta, olhar atento e harmonia perfeita entre força e suavidade. Não seria a performance que embasa o ballet, uma conduta para vivermos a vida? É justamente este o terceiro aprendizado que o ballet nos traz: buscar sempre o que está acima, manter-nos de ombros abertos com postura ereta, atentos e dispostos ao que está por vir, nunca curvados e desmotivados para cumprir com as obrigações. E, como numa verdadeira dança, saber dosar entre os momentos da vida que exigirão firmeza e força e os que exigirão leveza e doçura.

Muito mais que uma forma de dança clássica, o ballet é Arte. E o contato com esta expressão artística propicia ao homem se ver, se conectar com ideias elevadas e buscar o melhor de si mesmo. Que possamos todos ser “bailarinos” e agir de acordo com a necessidade da obra, neste grande palco da vida.

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