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Curta “The Matchbook”: A caixa de fósforos e o valor do sacrifício

Quando pensamos na palavra “sacrifício”, nos vem à cabeça imediatamente a ideia popular que precisaremos entregar algo (ou nós mesmos) em nome de uma Divindade. Também pode-se pensar que sacrifício é a renúncia forçada ou mesmo voluntária de algo que possuímos. Ou, talvez, que deva ser a dedicação absoluta a alguém ou alguma coisa, o que pode até nos levar a privações.                      

Na verdade, a palavra sacrifício vem do Latim sacrificium e é dividida em “sacer” e “ficium” (sacro ofício). Significa: “Ato de manifestar o sagrado”. A ideia de sacrifício é simplesmente o fato de que, de uma maneira consciente, possamos sacralizar cada ato nosso no intuito de oferecermos o que naturalmente temos de melhor. Quando dedicamos os nossos dons apenas para saciarmos os nossos desejos ou resolvermos os nossos próprios problemas, estamos perdendo a oportunidade não só de ajudarmos, mas, principalmente, de crescermos. Pelo prisma da filosofia, sacralizar os nossos atos é uma postura ética. Qual seria o sentido da vida se não fosse a oportunidade que o vivente tem de servir? Estaríamos desperdiçando toda uma existência se não nos dedicássemos a oferecer os nossos talentos à coletividade ou a quem possa estar precisando de nós. 

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=wN0g9Xk0om0             

Como vemos no curta “The Matchbook”, a caixinha de fósforos não se nega a oferecer todos os seus palitinhos até mesmo a quem não precisa deles. Isso é servir, é “sacro ofício”. Você pode até pensar que não vale a pena perder o seu precioso tempo, ou desperdiçar as suas energias, com alguma coisa que você não vai poder, de fato, resolver. Em termos, você até está certo. Mas, o que é pior: não poder fazer nada, ou não querer fazer?  Se você não puder, se a questão estiver realmente fora do seu alcance, ainda assim você poderá agir para tentar mudar a situação atuando nas coisas que estão mais próximas de você. A própria compaixão já é um ato de entrega e benevolência. Portanto, não devemos pensar em sacrifício como se ele fosse algum tipo de tortura para nós, mas como a oportunidade de dedicarmos a nossa existência a uma causa maior.                                 

Se passarmos pelo mundo sem termos nos oferecido como agentes de soma, sem termos agregado, de alguma forma, o que fizemos das nossas vidas? Analisando o curta que agora estamos lhe indicando, você reparou que a caixinha de fósforos, depois de entregar até mesmo o seu próprio “corpo” para ajudar alguém, depois de cumprir com a missão que escolheu, se fundiu novamente ao Universo? Na verdade, nenhum de nós jamais deixou de estar conectado com o Todo. Nos afastamos dele, deixamos de ter consciência dessa conexão, justamente quando deixamos de agir de acordo com a nossa natureza. Quando isso acontece, nos tornamos tristes e insatisfeitos pelo único fato de estarmos deixando de ser quem realmente deveríamos. Ao contrário do que se possa imaginar, a caixinha de fósforos não foi destruída. Naquele caso específico, ela cumpriu com a sua missão. Era responsabilidade dela oferecer fogo, luz e calor. Ela apenas escolheu de que maneira deveria fazer isso.        

Desse modo, a escolha de cumprir ou não com as obrigações está nas nossas mãos. Podemos passar pela vida sem contribuirmos com nada e “acabarmos esquecidos” num canto, como algum tipo de objeto inútil que não nos serviu quando precisamos contar com ele, ou  fazermos como a caixinha de fósforos que foi capaz de chegar até as últimas conseqüências para fazer o que a ela cabia.   

Como já dissemos, se sacrificar significa, em síntese, não medir esforços para ser quem você é. Se a nossa caixinha de fósforos não tivesse feito o que fez, queimado até o seu último palitinho e a ela própria, para que ela iria servir?  Teria sido jogada fora, poderia ter sido molhada e não teria como completar o seu ciclo e a sua missão. Assim é a nossa Vida. Cada um de nós tem um “prazo de validade”, um objetivo e uma missão. Descubra quais são os seus dotes, desenvolva-os e os coloque a serviço do Todo!

 

      

       

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