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Curta “Spellbound”: O Poder Das Nossas Palavras

A animação Spellbound, produzida em 2016 com três minutos de duração, além de super criativa, traz uma mensagem profunda. Mostra como as nossas emoções expressas através das palavras, escritas ou faladas, podem se materializar em medos, angústias e transtornos de todo tipo. E como é possível refazer as palavras e vencer os monstros que surgiram delas.

O curta gira em torno de duas garotinhas, Rene e Sunny. Amigas, mas com um problema, Sunny é daquelas que está sempre em primeiro lugar em tudo, cheia de troféus e medalhas de honra, enquanto que Rene nunca ganha nenhuma competição, o máximo que consegue levar é uma medalhinha com uma mensagem: você tentou. Isso, naturalmente, na psique infantil de Rene vai provocando uma espécie de ciúme, e esse ciúme, essa espécie de inveja, vai crescendo e chega um momento em que se expressa em palavras, levando Rene a escrever em seu diário a expressão “eu odeio Sunny”. Daí para frente, é importante você assistir o curta e depois acompanhar nossos comentários, segue o link:

A animação consegue ilustrar em imagens um fenômeno que ocorre com a gente o tempo todo: a somatização ou a materialização das emoções. As palavras de ódio se transformam em monstros que saltam do diário e começam a atormentar a vida de Rene. Em geral, quando somos atormentados por angústias, medos, ansiedade, etc., esses males são decorrentes de uma desordem em nossas emoções. E essas dores não são injustas, são, na verdade, um mecanismo da Vida para nos convocar a um redirecionamento. Por isso, todas as vezes que surgirem dores psíquicas, devemos nos perguntar: o que eu tenho que mudar em mim? Que posturas minhas desencadearam essas dores? É claro que muitas vezes é preciso recorrer aos profissionais da área, como psicólogos, psiquiatras, etc. Mas o princípio é: quando ordenamos as emoções, essas dores desaparecem.

As tradições antigas, como a tradição tibetana, hindu e egípcia, costumavam falar do psiquismo, funcionamento e movimento da nossa psique, como um fluxo em que o ponto de partida é o plano mental, depois o plano das emoções, depois o plano energético e por fim o plano físico. De modo que um comportamento físico geralmente teve sua inicialização no plano mental, onde se formaram os pensamentos, conjecturas, hipóteses e suposições. Do mental, migra-se para o poço das emoções, e se manifesta em algum fenômeno afetivo: emoções, paixões ou sentimentos, mas não fica só aí. Às vezes temos a impressão de que podemos sentir todo tipo de emoção sem nenhum prejuízo, porque é algo interno e ninguém vai saber, mas a questão é que o fluxo continua. Os fenômenos afetivos precipitam-se para o plano energético, de modo que nosso ânimo, nosso entusiasmo, nossa disposição energética para o enfrentamento da Vida é uma expressão do que acontece no plano das emoções. E quando essas nossas condições energéticas estão sendo afetadas pelo fluxo é porque está a um passo do fenômeno virar fato concreto, pois a próxima precipitação é o plano físico. Este o fluxo: pensar, sentir e agir.

Spellbound ilustra esse fluxo. Rene olha os troféus de Sunny e começa a conjecturar algo do tipo: “que droga!! Ela sempre é melhor… Sempre está à frente de tudo e eu nunca ganho nada…” Em seguida, sente isso profundamente, logo, a conjectura se precipita para o plano das emoções, o próximo passo é a iniciativa enérgica de expressar no plano físico, de manifestação desse fenômeno afetivo. No caso de Rene, ela faz isso no diário, traduzindo todo o seu ódio em uma expressão manuscrita: “I hate Sunny”. Ou seja, algo sutil, abstrato, salta dos planos invisíveis e começa a ganhar Vida. A animação foi muito feliz ao traduzir isso nas imagens dos monstrinhos em que as palavras se transformam, depois esses monstrinhos se unificam em um monstro único, gigantesco que atormenta Rene com medos, ansiedade, etc. Por vezes, carregamos na Vida muitos desses monstros. É daí que vem nossas crises de angústias, ansiedades, etc.

Quando isso acontece, o que fazer? O roteiro do curta nos aponta um caminho muito eficaz: Rene pega o próprio diário e começa a substituir as palavras, o ódio é sobreposto com a palavra Amor, e quando ela faz isso no papel, no plano físico o monstro vai sendo destruído. Isso sugere que para resolvermos nossas dores no plano físico precisamos alterar algo lá no sutil. Precisamos virar uma chave dentro. Se temos um sentimento negativo por alguém, e isso está nos trazendo dores, uma solução é girar uma chave dentro em relação àquela pessoa, buscar entendê-la, tentar integrá-la dentro de nós, desenvolvendo um afeto que não tínhamos antes. Se conseguimos fazer isso, com sinceridade, naturalmente a nossa relação muda com a pessoa, mesmo que ela nem saiba o que se passou dentro de nós. É mágico assim mesmo!

O nosso psiquismo é regido por leis invisíveis, muitas das quais ainda desconhecidas pela ciência. Por isso precisamos olhar para as grandes tradições da Humanidade e segui-las. O conselho de Jesus, por exemplo, na tradição cristã, diz que devemos Amar ao próximo como amamos a nós mesmos, e isso é um grande remédio para a Alma. Não tem nada mais curativo para a mente, para o plano das emoções, para as nossas energias e até para o corpo, do que o exercício sincero e profundo do Amor. Precisamos Amar mais os outros, sem interesses, Amar porque esse é o nosso papel de Seres Humanos. Amar porque amando harmonizamos nossos planos sutis, e se esses planos se harmonizam com o Amor, é porque o Amor é uma Lei Invisível que os rege.

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