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Curta “Para Sempre” – Por Que a Possibilidade da Eternidade Nos Encanta?

Todo Ser Humano intui de alguma forma a possibilidade da Eternidade e por isso a busca através de suas ações. Vez por outra, nos pegamos pensando no futuro e na tentativa de cristalizar os bons momentos. Geralmente, cada pessoa vai encontrar a sua própria maneira de contribuir para a Eternidade, alguns tentam se eternizar nas gerações vindouras, outros passam a escrever livros e, outros ainda, plantam árvores. Porém, nada pode vencer mais o tempo do que um bom exemplo guardado em nosso coração. Até o tempo se curva diante de uma atitude Virtuosa, tendo em vista que são elas que nos ajudam a aprender e a ressignificar o nosso olhar para a Vida, para as pessoas e para o mundo que nos cerca.

O curta “Para Sempre” é uma linda e carinhosa homenagem à maternidade, inspirado no poema de mesmo nome, do poeta Carlos Drummond de Andrade. Sem diálogos e a partir de uma composição de imagens mudas, o curta nos apresenta como se dá a relação da maternidade entre uma mãe e uma filha através da linha do tempo. Valores como Amor, Cuidado, Responsabilidade e Atenção são expressos de maneira tão doce quanto a própria ideia central embalada pela música ao fundo. Da gravidez ao nascimento, da infância à adolescência, à juventude, aos medos, aos estudos, a construção de uma nova família e a morte da matriarca como um elemento de finitude da vida.  

Tanto a poesia como o vídeo, nos convidam para pensar sobre a importância das mães para os filhos em todas as fases de suas vidas. São com as mães que aprendemos as nossas primeiras lições sobre o mundo, através de seu Amor Incondicional nos fortalecemos para enfrentar qualquer adversidade e, mesmo que tropecemos e por vezes caíamos, são nos braços maternos que encontramos os abraços mais restauradores do mundo. É por isso que, não importa muito qual a idade do filho, se é novo ou velho, é no colo e no cafuné das mães que os maiores milagres acontecem, sem falar no seu olhar que é capaz de ver até os nossos mais profundos pensamentos e sentimentos. 

A nossa formação Humana depende muito das escolhas conscientes e das tomadas de decisões que realizamos a todo instante. Mas, sem dúvida, os primeiros valores culturais e sociais que adquirimos foram apreendidos em nosso seio familiar e a figura materna é a responsável por nos aproximar dos primeiros sentimentos. 

Acreditamos que é possível construir algo que permanece para além do tempo e que perdura mesmo após a nossa partida, esse algo pode ser traduzido através dos Valores, dos Princípios, dos Sentimentos e dos exemplos Virtuosos que não só aprendemos, mas que sabemos e cultivamos. Sejam eles adquiridos dentro do âmbito doméstico ou fora dele, nós somos os responsáveis por carregá-los e partilhá-los por onde quer que caminhemos. Assim, quando vivemos e damos sentido às nossas ações, elas têm uma força enorme porque houve consciência e intenção.

Em nome de ideias podemos juntar dois mundos, como Platão bem observou, o mundo das Ideias, onde tudo é eterno, e o mundo dos sentidos, onde tudo é material e fugaz. Quando nos tornamos pontes através de nossas ações é como se trouxéssemos para o plano material um pouco das ideias do plano metafísico, por exemplo, quando limpamos e organizamos a nossa casa para receber alguém é como se abríssemos frestas entre dois mundos e colocássemos um pouco da Ideia da Pureza e da Ordem naquele momento. Para os gregos isso significava que os Homens podiam ser pontífices entre o mundo metafísico e o mundo material, por isso que existe um ditado grego que fala que os Homens podem roubar a Eternidade. Isso quer dizer que não são as nossas ações que roubam a Eternidade, mas as Ideias que elas carregam como Essência, ou seja, a nossa Intenção verdadeira ao realizar a ação.

Com isso o curta “Para Sempre” nos toca profundamente pelo Valor da ideia que carrega consigo e por tudo o que representa. Ou seja, reconhecemos que o Amor de mãe é como algo Eterno, como símbolo de Virtudes e por isso também deve durar para sempre. Como num pedido ao Divino, o poeta Drummond deseja que a forma (matéria) da mãe dure tanto quanto a sua Ideia (Essência). Surpreendentemente, o desejo do poeta nos faz lembrar de que estamos simbolicamente crucificados entre dois mundos, um material e outro transcendental e, se o primeiro nos convoca as formas e a sua temporalidade, o segundo nos lembra de nossa instância mais Atemporal e de nossa Essência Divina. Daí advém o nosso impulso para a Eternidade, amamos o Eterno porque em alguma medida também fazemos parte dessa Eternidade porque temos um pouco do Sagrado e do Divino dentro de nós.

Por fim, vale ressaltar, a importância de buscarmos viver uma Unidade entre a nossa parte transcendental (Essência) e a nossa condição material (forma Humana), uma vez que vivemos desconectados dessas realidades, quando não, na maioria das vezes, estamos apenas vivendo na matéria, nas formas e mergulhados numa vida puramente automática e sem sentido. Dessa cisão nasce os nossos estados de angústias, medos e dores uma vez que a nossa consciência está completamente condicionada a sobrevivência e as formas que passarão com o tempo. Qualquer Indivíduo que queira viver como Ser Humano, há que descobrir a sua Imortalidade Interior, unir a sua matéria à sua Essência para viver no seu estado de Plenitude, expressando assim toda a sua Potencialidade e Valores. Por isso que para algumas tradições culturais é muito necessário a busca pela Essência, que é o mesmo que a Verdade por trás de cada coisa. E, uma das chaves que nos ajuda a unificar as formas das Essências é o exercício prático e diário das Virtudes com consciência. Que possamos fazer isso em nossas vidas, e assim, conseguirmos nos sentir Um.

 Assista o Curta: 

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