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Curta “Felt Love”:  A Importância de Dar e Receber Amor

Já se perguntou o que as pessoas que lhe amam esperam de Você? Se Você é Pai, Mãe ou responsável por alguém, provavelmente, deve achar que suprir as necessidades materiais dos seus filhos através do seu trabalho é a sua única obrigação, e, talvez, até a maior prova de Amor que pode dar a eles. Porém, eles precisam muito mais de Você do que apenas os frutos do seu trabalho, e isso também vale para os seus familiares e amigos. Afinal, a forma como Você demonstra os seus sentimentos é o verdadeiro tesouro que pode oferecer.  A melhor atitude que se pode ter em relação a quem ama, é amar de volta.

Dirigido por Arlene Bongco e Angeline Vu, “Felt Love Film”, curta metragem de animação lançado em 2020, nos emociona quando, de uma maneira especialmente delicada, prova que continua sendo verdadeira a antiga frase da Sabedoria popular: “Não basta ser Pai, tem que participar”.

O curta foca na história da relação entre uma Mãe que não encontra tempo para dar atenção ao seu único filho, por estar sempre ocupada, trabalhando em sua máquina de costura, enquanto ele sofre por sentir falta da mãe, sempre tão perto dos seus olhos, porém tão longe do seu Coração. 

É comum nos dedicarmos à construção de uma estabilidade material, só que assim como o tempo passa, a matéria mostra que é uma ilusão e também não durará. Mas, o que sobra, então? Isto é, o que nos resta na Vida se não aproveitamos intensamente cada instante que temos de poder viver ao lado daqueles que amamos, que nos inspiram e nos dão ainda mais motivos para seguirmos firmes? 

Quando não damos atenção aos pequenos detalhes que o universo nos mostra, e não os aproveitamos para aprender e crescer com eles, estamos perdendo a oportunidade de sermos verdadeiros Seres Humanos. A nossa real humanidade é feita das chances que temos para nos dedicarmos ao outro e aprendermos a amar da única maneira possível: transformando esse sentimento em um verbo, ou seja, colocando-o em ação e amando na prática.

Vivemos em um mundo material, portanto, não podemos negligenciar aspectos tão físicos como conforto e segurança, por exemplo. Só podemos alcançá-los, entretanto, através de uma alimentação adequada, roupas confortáveis, educação completa e moradia segura, que, no fim das contas, são itens fundamentais para o desenvolvimento de qualquer pessoa, principalmente das crianças, que não deveriam buscar supri-los por conta própria. 

Enquanto sociedade, podemos investir na promoção desses bens de forma que cheguem a todos, sem distinção. No entanto, no caso específico de sermos Pais ou responsáveis por alguém, o dever de atender a essas e outras de suas necessidades se torna intransferível. De nada adiantam nossos esforços nesta tarefa, se não nos lembrarmos de dar uma coisa muito mais importante, simples e valiosa, e que não nos custa nada: a Atenção.

Isso não significa que devemos deixar de ensinar aos nossos filhos a valorizar nosso trabalho, nosso esforço e, até mesmo, incentivá-los a respeitar e admirar esse tipo de dedicação. Essa tarefa é importante para que possam se preparar para suas futuras Vidas independentes, e, com isso, eles estarão aprendendo com os nossos exemplos. Não podemos, entretanto, esquecer que nossa Atenção é uma verdadeira prova de Amor. Afinal, como é possível amar sem se doar a quem se ama?

Todos os vínculos criados, em qualquer tipo de relação, só podem ser fortalecidos se forem “regados” constantemente, assim como fazemos com uma flor, por exemplo, para que ela possa se manter sempre viva e bela. É esse fortalecimento que vai gerar segurança, confiança e cumplicidade entre as partes envolvidas. Não dá para confiar, admirar e respeitar alguém que pareça se dedicar apenas aos seus próprios interesses, mesmo quando se trata de algo que está diretamente relacionado às necessidades do outro. Em resumo, como dissemos acima: “Não basta ser Pai, tem que participar.”

Se ainda não somos capazes de amar a todos indiscriminadamente em todas as situações e níveis de relacionamento, deveríamos, pelo menos, nos dedicar, não só física ou materialmente, mas em especial emocionalmente a todos aqueles que amamos. Devemos participar ao máximo em nossas relações e aproveitar essas oportunidades como forma de também crescermos com elas. Isso não tem preço, pois, servir é o objetivo da Vida.

Pegamo-nos, constantemente, pensando nostalgicamente nos dias que já se foram, recordando as maravilhas daqueles tempos que não voltam mais. Outrora, projetamos a nossa imaginação a um futuro que esperamos, ansiosamente, que torne todos os nossos sonhos em realidade, como num passe de mágica. Mas, qual é a real intensidade com que vivemos o “agora”? Será que temos realmente a consciência de que não dá pra interferir no que já se foi, e muito menos garantir o que ainda vai ser? Então, é no constante ”agora” que as coisas acontecem.

O Estoicismo, uma corrente Filosófica Antiga, mas de ensinamentos atuais, faz-se presente hoje através da fala dos seus mais importantes representantes, como Sêneca, Marco Aurélio e Epíteto, por exemplo. Eles nos lembram do quão breve é a vida, e o imenso Valor que cada uma delas pode ter, não importando se pertence a uma criança ou a um ancião, pois só existe o “agora” para vivermos. 

Os Estóicos nos falam que não podemos mudar todas as coisas que gostaríamos, já que a maioria delas nem mesmo está ao nosso alcance. Entretanto, há uma série de coisas que estão sob as nossas responsabilidades, e em relação elas, sim, podemos mudar bastante. Se não temos a escolha de ficar ou não doentes, por exemplo, podemos escolher levar uma Vida saudável e reduzir as chances de que isso aconteça. Ou, ainda, se não podemos decidir a Vida que nossos filhos vão levar, deveríamos, ao menos, nos fazer presentes o suficiente enquanto ela acontece, de forma que possamos servir de exemplo, e também para incentivá-los na busca dos melhores caminhos. Afinal, como disseram os antigos Filósofos, desperdiçar um segundo é um ato de irresponsabilidade com nossas existências.

Mas, como podemos aproveitar a Vida, o “agora”,  e transformar nossas realidades, através das nossas posturas e atitudes, a respeito daquilo que podemos interferir? Isso talvez seja muito mais simples do que parece. 

Observe as pessoas ao seu redor, e se algo te incomodar nelas, tente descobrir o que é. Se conseguir, perceberá que, por incrível que pareça, todos aqueles “defeitos” podem pertencer a Você também. O que o outro faz e que, de alguma maneira, chama nossa atenção a ponto de despertar a nossa crítica ou até mesmo a nossa ira, costuma ser algo com o qual temos algum tipo de identificação, seja porque é algo contra o qual estamos lutando, ou porque fugimos dessas batalhas que, cedo ou tarde, se mostrarão inevitáveis. O que não nos pertence pode até nos fazer chorar ou nos surpreender, mas quem erra pode reconhecer no outro seus próprios erros.

O ensinamento dos Sábios Estóicos, que fala que podemos mudar o que está ao nosso alcance, diz respeito ao fato de que só podemos mudar a nós mesmos. Cada atitude diferente das que costumamos tomar, terá um resultado diferente no final. Quanto mais  capazes formos de nos corrigir, nos melhorar, nos aproximar da Bondade, da Justiça e da Beleza, mais resultados positivos teremos num futuro próximo. Assim, aos poucos, estaremos inspirando, cada vez mais, as pessoas do nosso convívio, e elas, por sua vez, poderão fazer o mesmo com quem convivem, e assim por diante. Já pensou no resultado que uma simples mudança no nosso comportamento pode causar em toda a Humanidade? Pode ser enorme. 

De volta ao nosso curta metragem, podemos perceber o sofrimento que a mãe tem passado por não encontrar tempo para se dedicar ao filho, e isso nos permite refletir que dar Amor é tão importante quanto receber. Poeticamente, uma canção popular escrita pelo compositor Djavan, intitulada “Boa noite”, diz em um de seus versos: “… Quem não tem pra quem se dar, o dia é igual a noite…”, ou seja, torna-se indiferente, ou não encontra mais sentido na Beleza. De fato, é inimaginável uma Vida completamente solitária, e é dessa troca de sentimentos que estamos tratando, isto é, dessa necessidade Humana de amar e ser amado. Ninguém consegue se desenvolver sozinho, afinal, todos nós precisamos de Carinho, de Atenção e de uma referência que possamos seguir e que possa nos inspirar. 

Assim como os nossos corpos precisam de proteínas, vitaminas etc., os nossos Sentimentos também precisam ser bem alimentados para serem saudáveis. E o que os nutre, entretanto, é muito mais simples de se obter do que os que precisamos para o corpo. Cultivar o hábito do Diálogo, por exemplo, ou conseguir um tempinho para um passeio, uma praia, um cinema, ou simplesmente ficar abraçadinho com os nossos amores, vai fazer essa relação se tornar mais Forte, mais Sincera e inabalável. Vai encher os nossos Corações de ternura, além de fazer com que a Intimidade e a Confiança se fortaleçam. Teremos, assim, cada vez mais, com quem contar e a quem nos dedicar. Só a interação pode fortalecer os nossos  vínculos de Amizade, de Lealdade e de Respeito.

Todos os “ingredientes” que compõem uma relação saudável precisam amadurecer e se fortalecer, constantemente, a cada dia. Não existe uma medida definitiva para o Amor, assim, podemos até mesmo dizer que ele é infinito, por isso, ele não deve ser negligenciado em nenhum momento. 

Demonstre o seu Amor, o seu Interesse, o seu Cuidado, através de atitudes que lhe aproximem de quem Você ama. Aproveite essas oportunidades para ensinar seu ofício, se for o caso, mas desde que seja feito “lado a lado”, com conversas esclarecedoras e um verdadeiro interesse em quem lhe ouve. Afinal, aqueles que dependem de nós,  contam com nosso Companheirismo e Boa Vontade, para que fique claro que esse momento vai além de uma simples aula ou explicação. Por isso, transforme essa experiência numa explícita demonstração de Amor e Carinho.

Quer ser Feliz de verdade? Promova a Felicidade de alguém. Afinal, só poderemos fazer mais quando não estivermos sozinhos.

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