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O que sabemos sobre a Cruz Vermelha?

A Cruz Vermelha é um dos movimentos humanitários mais conhecidos no mundo. Fundado no século XIX, mais precisamente em 1863, a instituição trabalha no mundo inteiro levando assistência às pessoas vítimas de conflitos, violência ou indivíduos afetados pela guerra. Conta-se que sua origem se deu a partir do suíço Jean Henri Dunant, quando numa viagem de negócios pela Itália, em 1859, presenciou uma batalha entre soldados austríacos e franceses, no qual milhares de pessoas morreram ou ficaram amputadas. 

Assim, profundamente comovido pela catástrofe, organizou serviços de socorro a todas as vítimas. Geralmente vestidos de branco com um símbolo de uma Cruz Vermelha, a equipe humanitária está onde mais precisa de ajuda, rompendo todas as fronteiras de língua, cultura, conflitos ideológicos ou políticos. A Instituição é um exército do bem, sempre pronto para atuar e prestar socorro a quem necessite.

Visto isso, o símbolo de uma cruz vermelha sobreposta a uma bandeira branca trata-se de uma homenagem à bandeira da Suíça, nacionalidade de um dos seus co-fundadores, Jean Henri. Entretanto, tal imagem passa a ser questionada, ainda no começo do século XX, por alguns países turcos e, então, nesses países específicos, surge um novo símbolo que é o de uma lua vermelha crescente sobreposta à bandeira branca. Quanto à administração dessa Instituição, a estrutura de organização da Cruz Vermelha se divide em: um comitê internacional, uma federação internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, e por fim, as Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

A história dessa entidade se confunde com a história do desenvolvimento das ações humanitárias e da aplicação das Convenções de Genebra. Para nos situarmos em seu contexto histórico, as convenções de Genebra ocorreram em 1949 e foram, em linhas gerais, atos adicionais para atuação no direito humanitário internacional. Desse modo, essa  ação internacional tinha por objetivo ajudar na resolução de conflitos e desastres ao redor do mundo. Frente a isso, a Cruz Vermelha se tornou um exemplo de efetividade da aplicação do Direito Internacional e, muito além de uma aplicação dessas leis de ajuda internacional, podemos dizer que a Instituição é um forte exemplo de respeito e ajuda dos mais necessitados, não importando sua cultura, seu governo e condições adversas. 

Não por acaso, a Cruz Vermelha é uma entidade respeitadíssima no âmbito internacional e nos governos nacionais. Sediada em Genebra, na Suíça, a Cruz Vermelha conta com diversas Sociedades Nacionais distribuídas em quase uma centena de países. O Comitê internacional é composto por 25 membros que possuem uma autoridade no que concerne a proteção à vida e a dignidade das vítimas de conflitos internacionais ou internos.

Aqui no Brasil, a Cruz Vermelha foi fundada em 05 de dezembro de 1908 e teve como o primeiro presidente nada menos que o médico Oswaldo Cruz, reconhecido como o grande patrono da saúde pública brasileira, tendo em vista a sua importância nas grandes campanhas sanitaristas que promoveu. Desde o seu início, a Cruz Vermelha no Brasil se tornou uma entidade reconhecida pelo governo e pela sociedade brasileira como uma Instituição de socorro voluntário que auxilia os poderes públicos tanto em tempos de guerra como em tempos de paz, levando ajuda às vítimas de desastres ou catástrofes naturais como secas, enchentes, terremotos etc.

É importante perceber que esse movimento humanitário tem suas raízes deitadas sob a valorização da dignidade humana e a importância da vida das pessoas. Poucos sabem, mas até 1863, ou seja, até o surgimento da instituição, muitos soldados eram deixados feridos nos campos de batalhas, abandonados à própria sorte sem receber nenhum tipo de ajuda. E foi por presenciar esse cenário de desolação na Batalha de Solferino, que o Jean Henri Dunant foi tomado por um profundo sentimento de compaixão por aqueles indivíduos e criou um grupo de resgate e cuidados para eles.

Como Humanos, devemos atender a necessidade das outras pessoas, principalmente dos que mais precisam. A empatia é uma das Virtudes mais lindas expressa na convivência Humana, e é claro que não precisamos esperar acontecer uma catástrofe ou um desastre para socorrermos a quem precisa. Basta ficarmos atentos aos vários tipos de sofrimentos de muitos que nos cercam neste momento. Às vezes escutar de maneira atenta, dar um abraço verdadeiro ou mesmo um sorriso pode aplacar um pouco do sofrimento dos que se dilaceram e se contorcem em dores existenciais. E, como participante de uma grande família Humana, devemos sim nos responsabilizar pelo sofrimento dos demais. Precisamos separar um pouco do nosso tempo para nos dedicarmos às necessidades dos demais, tendo em vista que a Fraternidade é uma Lei da Natureza que incide fora e dentro do indivíduo.

O que sabemos da Cruz Vermelha, além dos dados históricos? Acreditamos que muito pouco, ou quase nada. Os motivos que levam homens e mulheres a criarem movimentos Humanos baseados na Fraternidade, no Amor ao próximo ou em sentimentos Altruístas estão para além da razão. Há uma necessidade Humana pelo cultivo desses Valores, independente das circunstâncias externas. Visto isso, os voluntários da Cruz Vermelha devem ser um símbolo de heroísmo para todos nós. A sua dedicação e coragem devem convocar e despertar o herói que dorme em nós, pois, hoje, infelizmente, nos tornamos cada vez mais egoístas e insensíveis à dor ou ao sofrimento do outro. Segundo uma das grandes filósofas do século XIX, Helena Blavatsky, não deveríamos descansar enquanto um de nossos semelhantes padecem. Entretanto, não podemos compartilhar com o outro o que não temos, por isso é importantíssimo aprender a viver os Valores internamente para que no passo seguinte possamos compartilhar e conviver com os demais.

Que possamos, por fim, nos indignar diante das catástrofes da ausência de Valores Humanos. Que possamos, a todo momento, auxiliar os que se encontram sacrificados no caminho pela falta de fé em si mesmos. Que sejamos parte do exército de voluntários que ajuda a curar as pessoas não só materialmente, mas psiquicamente e espiritualmente. Que sigamos os exemplos desses homens e mulheres que estão espalhados em todo o mundo movidos por um Amor profundo à Humanidade. Nossas maiores homenagens e gratidão aos voluntários da Cruz Vermelha que dedicam as suas vidas e todas as suas forças na promoção da Vida e na valorização da Dignidade Humana.

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