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Isaac Newton: um eterno buscador das Leis da Natureza

 A Vida deste grande homem pode ser considerada fantástica, desde a sua chegada a este mundo. Pois, só para começar, ele possuía duas datas de nascimento: uma em 25 de dezembro de 1642, segundo o calendário Juliano, que era utilizado oficialmente na Inglaterra, naquela época; e outra em 04 de janeiro de 1643, de acordo com o calendário Gregoriano, que já era utilizado no restante da Europa. A discrepância entre os dois calendários fez com que essa particularidade incomum fosse possível. Seja como for, para a Ciência e para toda a Humanidade, o importante é que ele nasceu. 

Natural de Lincolnshire, Inglaterra, Isaac Newton não chegou a conhecer o seu pai, que faleceu cerca de três meses antes do seu nascimento. Ele tinha o mesmo nome do seu genitor. Provavelmente, uma forma de homenagem. No entanto, Newton precisou lutar desde cedo, pois nasceu prematuramente, e até chegou-se a acreditar que ele não conseguiria resistir a tamanha fragilidade, e contrariando a todas as expectativas ele sobreviveu. 

O garoto Newton foi educado informalmente pela sua avó e, depois de alguns anos, passou a frequentar a Escola The Kings School. Porém, o gênio da física  não era considerado um bom aluno: não prestava muita atenção nas aulas; não tinha uma boa relação com os seus colegas devido à sua timidez; e, por ser franzino e solitário, sofria bullying por parte das outras crianças. Mas apesar das dificuldades, Isaac Newton concluiu o ensino básico e quando se formou na escola, com cerca de 17 anos, voltou para a fazenda de sua família.

Sua mãe queria que ele ficasse e ajudasse no trabalho com a lavoura, mas o jovem Isaac já tinha se apaixonado pelos estudos e começava a se aventurar pelas suas primeiras pesquisas. Ele passava o seu tempo imerso em suas incansáveis leituras e depois de algum tempo, incentivado pela sua avó, conseguiu ingressar na Escola de Ensino Superior: Trinity College. 

Em 1664, Isaac Newton formou-se com louvor como Bacharel em Artes e ganhou uma bolsa de estudos, na renomada Universidade de Cambridge, para fazer a sua pós-graduação. Foi estimulado pelo seu professor e amigo Isaac Barrow, de quem no futuro viria a se tornar substituto, a desenvolver as aptidões naturais que possuía com a Matemática. Durante cerca de 18 meses, entre 1665 e 1666, Isaac Newton precisou voltar para a fazenda de sua família, devido à epidemia de peste bubônica que assolava a Europa. Nesse período começou a desenvolver suas pesquisas e, em algum momento daquelas férias forçadas, observou a famosa queda da maçã que mudaria para sempre a história da Ciência.

Há quem diga que a história da maçã não passa de uma lenda. Porém, o fato é que Newton era um homem muito à frente do seu tempo. Filósofo, Astrônomo, Físico, Teólogo, Matemático e Alquimista, ele era verdadeiramente obcecado em estudar e aprender. Com a observação da suposta queda da maçã, ele desenvolveu as três surpreendentes e inovadoras Leis de Newton que afirmam:

Primeira Lei: “Todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso se não for forçado a mudar; todo corpo em movimento tende a continuar em movimento se não for forçado a mudar.”

Segunda Lei: “A quantidade de força pode ser medida por uma proporção de mudança observada no movimento. Isso é o que se chama de aceleração, e diz respeito ao aumento ou diminuição da velocidade.”

Terceira Lei: “Toda ação causa uma reação, e estas são iguais e opostas.”

Newton passava dias trancado em seu laboratório e esquecia até mesmo de comer e de dormir, enquanto não conseguia encontrar uma resposta que considerasse satisfatória. Ao contrário da maioria dos cientistas, Newton era um Cristão fervoroso. Ele era um protestante radical e se dizia anti católico, provavelmente, porque sabia que a Igreja Católica não entenderia e muito menos aprovaria as suas ideias. A sua crença em Deus pode ser comprovada em frases como por exemplo: “A gravidade explica o movimento dos planetas, mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é e pode ser feito.”

Entre os seus inventos e experimentos, está o Telescópio Refletor que o ajudou a desenvolver avançados estudos na área da óptica. Esse telescópio utilizava espelhos, além das tradicionais lentes de aumento, o que resolvia o problema da falta de foco dos telescópios que eram conhecidos e utilizados naquela época, e como também diminuía, consideravelmente, o tamanho desses equipamentos. 

O livro “Philosophiae Naturalis, principia Mathematica” é considerado a obra prima de Isaac Newton. O próprio autor declarou que esse livro não foi escrito para ser apreciado, nem muito menos entendido por qualquer pessoa. Ele queria ter certeza de que quem se aventurasse a estudar a obra, estivesse à altura de compreender as suas ideias. Por isso se utilizou de uma linguagem acadêmica altamente complexa e acessível aos poucos.

Newton acreditava que o Universo era uma máquina, e queria, a qualquer custo, entender como ele funcionava. Para isso, ele se utilizou de todas as fontes e recursos a que pôde ter acesso. Enveredou-se através dos caminhos do Ocultismo, da Alquimia, da Física, da Matemática, da Filosofia, entre outras, para tentar desvendar os segredos do Universo. Ele considerava as chamadas “Ciências Ocultas” como ferramentas a serviço do saber, e não como práticas hereges. Para ele, a Alquimia era a equivalente a nossa Química atual. E,  de fato, era. Misturando todos esses caminhos que levam ao conhecimento, e também por ser Teólogo, ele passava de cinco a seis horas, por dia, estudando as “Sagradas Escrituras”,  tentando desvendar códigos secretos que acreditava estarem escondidos na Bíblia e que, supostamente, revelariam a exata data do final dos tempos. Segundo o resultado de suas pesquisas, essa data seria no ano de 2060.

Isaac Newton levou cerca de 38 anos até começar a publicar os resultados de seus estudos. Ele parecia não ter interesse em divulgar as suas pesquisas e  descobertas. A sua intenção era tão somente aprender, pelo menos, a princípio. Newton escreveu, aproximadamente, 169 livros, apenas sobre Alquimia, além de um número incontável de obras sobre os mais variados temas científicos, que se perderam em um incêndio, pouco antes da sua morte, no dia 31 de março de 1727, aos 84 anos.

Como reconhecimento pela inquestionável contribuição do seu trabalho para o mundo Científico e Acadêmico, no ano de 1705, recebeu da Rainha Ana o título de Cavaleiro da Coroa Britânica, e se tornou Sir Isaac Newton. Ele também foi membro da Royal Society e presidente da Casa da Moeda da Inglaterra. 

Como podemos acompanhar no nosso artigo, a vida de Sir Isaac Newton foi totalmente dedicada a procurar entender o Universo e as “Leis de Deus”. O comprometimento desse homem com a Ciência, como ferramenta para desvendar os mistérios da existência, é algo sem precedentes. Ele nunca chegou a se casar, apenas se dedicou à busca pelas respostas que, até hoje, todos nós, de alguma maneira, queremos ter. Ele foi um Cientista que acreditava em Deus e tornou-se quase um celibatário, um verdadeiro sacerdote da Ciência. Realizou o seu trabalho com dedicação, respeito, disciplina e até devoção aos mistérios aos quais passou a Vida tentando entender. A sua entrega pela busca da Verdade é algo  admirável que devemos tomar como exemplo para as nossas Vidas. 

Dito isso, a mensagem que podemos retirar, ao nos espelharmos no exemplo de Newton, é: não pare de investigar. Para pequenas perguntas, poderemos ter grandes respostas, para grandes perguntas, as respostas serão ainda maiores. Cabe a cada um de nós, portanto, buscar nossas respostas para compreender o Universo.

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