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“Escuta a canção da vida. Guarda na memória a melodia que ouvires. Aprende com ela a lição de harmonia.” Mabel Collins

A música faz parte de todos os momentos da nossa vida. Temos as nossas melodias prediletas, temos as músicas próprias para os momentos de festa, para os momentos de se emocionar, para os momentos de sentir saudades… Não passamos um único dia sem ouvir música! Mas, você já parou para pensar na relação entre as músicas que gostamos de ouvir, aquelas que agradam os nossos sentidos, e a harmonia entre suas notas?

Em post anteriores, falamos sobre o poder vibratório que a música tem, e como ela pode afetar nossos estados mais sutis de pensamentos e emoções. Mais além das vibrações, sentimos também o poder harmônico de seus acordes. A maioria de nós não possui o ouvido treinado para escutar uma nota musical e saber se ela está afinada, ou, apenas pelo som, identificar qual o acorde está sendo tocado. Deixamos esse dom para os músicos e maestros. Mas, mesmo sem conhecimento técnico, quando a música está sendo tocada de forma desproporcional ou aleatória, sentimos algo estranho no ar.

Os fatores envolvidos nas notas musicais, para que as mesmas se tornem harmônicas, são tão profundos, que foram explicados pela primeira vez por um filósofo matemático, Pitágoras! Ele viu que cada nota possui uma frequência de onda específica, e um acorde é composto pela união de duas notas musicais. Sendo assim, um acorde vai apresentar uma razão, fração ou divisão das frequências das duas notas. E aí, brilhantemente, ele viu que quanto menor o número do denominador da fração, maior será a harmonia, a sonoridade e o ritmo. Dessa forma, ouvimos falar de uma oitava perfeita que é a razão 2:1, ou a quinta perfeita que é a razão 3:2. As oitavas, quintas e quartas soam perfeitamente harmônicas para nosso cérebro. Soam de forma agradável, conseguimos identificar um ritmo, uma melodia e um padrão musical, diferente do som gerado pela razão 256:243 como mostra o vídeo.

E no meio de tantos acordes, frequências e frações, qual a moral da história para nós leigos da música? Pitágoras traz através dos cálculos a comprovação de que a Harmonia é uma Lei. Uma música não se torna harmônica simplesmente porque tem uma melodia agradável, mas porque segue uma Lei Universal. Todas as antigas tradições ensinavam que o Universo atua de forma equilibrada e justa, onde tudo cumpre com sua exata finalidade. Os planetas se movem ao redor do Sol de forma equilibrada, as formigas montam suas colônias de forma harmônica, mas e o Homem? Por que geramos desarmonia e caos na natureza? Talvez porque não entendemos de verdade as leis que regem o Universo, e a nós mesmos. Quem sabe quando compreendermos de verdade essa Lei da Harmonia, passemos a atuar de forma consciente em nossas vidas para participar desta música da Natureza?

A música nos acalma, nos alegra, nos emociona e nos inspira. E a partir de agora, podemos ver essa nova faceta que a música tem a nos oferecer: um ensinamento sobre a Lei da Harmonia.

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