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Poema/Poesia

Soneto de Fidelidade (1939)

Escrito por Vinicius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes, conhecido como “Vinicius de Moraes”, foi um Poeta, Dramaturgo, Escritor, Diplomata brasileiro e um dos maiores Compositores da MPB. Foi também um dos fundadores da “Bossa Nova”, movimento musical da década de 50 que mistura samba e jazz. Entre os seus maiores sucessos musicais estão “Eu Sei que Vou te Amar (1958)”, “Garota de Ipanema (1963)”, “Arrastão (1965)” e “Tarde em Itapoã (1969)”, dentre inúmeros outros.

“Vinicius de Moraes” foi também um Poeta muito importante da Segunda Fase do Modernismo Brasileiro. Ao publicar sua “Antologia Poética” em 1955, admitiu que sua obra poética se dividia em duas fases: A primeira fase carregada de misticismo e profundamente Cristã começava em “O Caminho para a Distância” (1933) e terminava com o poema “Ariana, a Mulher” (1936). E a segunda fase iniciada com “Cinco Elegias” (1943) assinalava a explosão de uma poesia mais viril. O “Poetinha”, como era chamado, que nasceu (1913) e morreu (1980) no Rio de Janeiro, expressava através da sua Arte um singelismo Puro, Ingênuo, que desperta Beleza e Bondade.

Fonte: e-Biografias.

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