Tão antiga quanto a música, a Dança está presente desde o início dos tempos e diversos livros sagrados fazem menção a essa arte. No Antigo Egito dançavam para homenagear Osíris, na Grécia antiga ela era vinculada aos Jogos Olímpicos, no Velho Testamento da Bíblia não eram raras as vezes que dançavam em honra a Deus e em algumas religiões do passado, acreditavam que a vida no mundo surgiu de uma única Mãe, que utilizava os movimentos da dança para agitar o sangue divino no útero e gerar frutos.
Os tempos passaram e o apelo divino da dança foi se transformando em algo mais humano e hoje podemos até dizer que ela virou um reflexo da vida. Os dias têm seus altos e baixos, exige que vez ou outra você salte, ande na ponta dos pés, fique de cabeça para baixo, rebole, tenha gingado, levante as mãos, balance a cabeça, prenda o cabelo, solte o cabelo, sorria, faça caretas, dramatize… e ainda por cima tem que fazer tudo isso seguindo o ritmo.
Assim como dançar, viver é uma obra de arte, um culto à diversidade, não tem uma receita de certo ou errado, você só precisa encontrar o ritmo que a sua alma toca, ir dançando conforme a música e, usando a criatividade para inovar, deixar uma assinatura só sua. Se em algum momento tropeçar e cair, não se preocupe! Levante-se e volte a tocar a vida!
Se por acaso você esbarrar em alguém que esteja fora do compasso, sem conseguir escutar a música de sua Alma, não deixe de ajudar! Muitas vezes, o entusiasmo de um dançarino é a inspiração que faz com que o outro encontre seu próprio ritmo e passe a também oferecer Alegria e Beleza ao Mundo através de suas ações. Melhor ainda é quando encontramos alguém que dança a mesma música que nós. São esses companheiros que nos dão força e nos fazem lembrar da importância que cada passo de nossa performance tem neste espetáculo da Vida.