O que é um símbolo? Um símbolo é uma imagem que carrega um conteúdo, um significado, capaz de sintetizar uma ideia. As civilizações antigas eram repletas de símbolos, o yin e yang chinês, os louros das vitórias gregos, a águia romana, cada um com um significado profundo por trás, que fazia o papel de ponte para os homens. Eles olhavam para a imagem, e automaticamente se relacionavam com a ideia que ela carregava.
Muitos filósofos comentam que a nossa vida, como um todo, é simbólica. A Natureza quer que nos tornemos seres humanos melhores, quer ajudar no nosso crescimento, e a forma como ela nos ajuda é através dos símbolos. Se o homem entende os símbolos da vida, ele aprende com os mesmos e cresce. Se os ignora, o homem permanece estagnado, pois não consegue aprender com a vida. A questão é: como podemos enxergar esses símbolos? Como saber se realmente é algo para nosso crescimento ou apenas fantasia da nossa mente?
Para entender essa linguagem da vida, não se trata de ficar apegado ao fato em si, mas de buscar o significado daquele acontecimento, tentar entender o que aquilo diz sobre nós mesmos. Por exemplo, se todos os dias eu me atraso, pois tenho problemas com o trânsito, isso me mostra que eu preciso desenvolver melhor a minha disciplina e aprender a lidar com essa realidade. Esse tipo de experiência, podemos ter em praticamente qualquer situação. Pode ser em uma conversa com o vizinho, no engarrafamento ou no trabalho, tudo pode ser símbolo. Vai depender da nossa capacidade de estarmos atentos ao que se passa à nossa volta e do quanto refletimos sobre nossas condutas em todas as situações.
Para ficar ainda mais claro, e nos ajudar a decifrar os nossos símbolos, apresentamos mais um exemplo: imagine que uma pessoa X necessita trabalhar mais a paciência, se tornar menos agressivo, menos estressado e mais calmo. Quais serão os símbolos à sua volta que o ajudarão a enxergar a sua falta de paciência? Sempre que ela tenta mudar de faixa no transito, a faixa para a qual ela muda fica mais lenta. Nas filas do banco e do supermercado, coincidentemente, ela sempre fica com os funcionários mais lentos. Na vez dela, o elevador sempre demora…essas situações parecem aleatórias, aparentam não ter significado nenhum. Mas, esses fatos acontecendo por meses seguidos, sempre envolvendo a paciência da pessoa X, será que não são símbolos de algo que ela precisa desenvolver? Exercitar?
O grande psicanalista Carl Jung, criou um conceito que explica essa situação da pessoa X, a qual ele chamou de sincronicidade. Este termo é utilizado para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal, e sim por relação de significado, ou seja, diversas situações podem surgir com o mesmo significado em nossa vida, são formas diferentes que a Vida encontra de nos ensinar a mesma ideia.
No livro “Cem dias entre céu e mar” de Amyr Klink, em vários momentos aparentemente aleatórios, Amyr encontrava exatamente o que ele precisava para dar o próximo passo no seu projeto de travessia do Atlântico, que ele mesmo cita como “sincronicidade”. Este conceito, que foi criado pelo grande psicanalista Carl Jung, é utilizado para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal, e sim por relação de significado, ou seja, diversas situações podem surgir com o mesmo significado para nós. São formas diferentes que a Vida encontra de nos ensinar a mesma ideia.
Os símbolos não trazem a solução em si, trazem o alerta, a mensagem, para que possamos ficar mais atentos à nossa volta, mais conscientes das nossas ações, e do que realmente precisa ser aperfeiçoado dentro de nós mesmos.
Confiram o vídeo em anexo, ganhador do Oscar em 2013 como melhor curta. De forma romântica e divertida, observamos um caso de sincronicidade! O trem, o papel, o aviãozinho, prédios vizinhos… Tudo “conspirou” para que eles se reencontrassem.
Já publicamos um artigo mais novo sobre esse tema. Para saber mais sobre, confira a publicação mais nova em nosso site.
Clique no link a seguir para acessar: Publicação mais recente sobre esse tema