Curta “The Butterfly Circus”: Quando a Natureza Revela o Herói Dentro de Nós

Uma antiga frase diz que não há impossível, mas sim impossibilitados. É interessante refletirmos sobre essa sentença, pois muitas vezes nos pegamos pensando sobre aquilo que não somos capazes de realizar e falamos “isto é impossível!”. Mas será mesmo? Ou é apenas impossível naquele momento, dadas as circunstâncias em que estamos vivendo?

Essa pequena diferença de percepção pode nos abrir um horizonte de ideias e maneiras de superar nossas limitações, que, a bem da verdade, estão principalmente dentro de nós. Mesmo nos cenários mais difíceis, em que existem, de fato, barreiras físicas que nos impedem de atuar, a Vida ainda pode ser realizada de diferentes maneiras, e aquilo que parecia impossível se torna um fato consumado.

Para exemplificar essa ideia, trouxemos hoje um curta-metragem chamado “The Butterfly Circus”, um dos mais premiados de 2010, que nos fala como podemos crescer quando nos lançamos na Vida até os nossos últimos limites, sem nos colocarmos numa posição passiva diante as adversidades. Esse belíssimo curta é muito mais do que uma história comovente: é uma verdadeira lição sobre a vontade humana e como podemos mover forças telúricas para conquistar aquilo que desejamos.

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Do que se trata o curta “The Butterfly Circus”?

Antes de mostrarmos o vídeo, precisamos compreender um pouco do seu enredo. A história se passa por volta da década de 1930, nos Estados Unidos, quando Will, um jovem com uma síndrome rara e que não tem os braços nem as pernas, é exposto em um parque de diversão como uma espécie de aberração da Natureza. Cada apresentação era uma sessão de tortura psicológica, humilhação e sofrimento intenso daquele jovem. A plateia jogava objetos nele e zombava de sua condição. Todos os dias, ele nutria aquele sentimento de vítima, vivendo triste, achando que tudo estava errado com ele.

Vale lembrar que, do ponto de vista histórico, existiu durante muito tempo esse tipo de entretenimento em diversas partes do mundo. Voltado para apresentar pessoas com deficiências como “monstros”, muitos “espectadores” iam até esses locais, que mais pareciam zoológicos humanos, para conferir e zombar daqueles que nasceram com algum tipo de limitação. Não precisamos reforçar o quão nefasto é esse comportamento, principalmente para quem está sendo o alvo, mas também para os que praticam, uma vez que demonstra a deformação de caráter aceita socialmente naquele período.

Tudo seguia na vida de Will, até que um dia uma trupe de um circo chamado “Butterfly” (que significa “borboleta”) visita o parque, e o jovem Will se esconde na bagagem deles. Quando chegam ao seu destino, a trupe se depara com aquele pequeno homem entre as malas, e o aceita como parte do grupo. Daí para frente, a Vida de Will vai mudar, pois o dono do circo o trata não como vítima, mas como alguém que tem muito potencial, mas que precisa descobrir isso.

Aprendendo a superar nossos limites internos

Esse enredo apresenta duas fases da Vida de Will, e essas fases correspondem a dois aspectos comportamentais que todos nós temos. A fase do parque, onde ele era exposto e humilhado, representa aquele elemento nosso que se sente vítima, que faz com que tenhamos pena de nós mesmos; já a fase do circo “Butterfly” representa o aspecto em nós que nos leva a sair desse lugar de vítima e a construir o nosso próprio destino.

É importante identificarmos que em diversas ocasiões nos colocamos nessa postura passiva, em que sentimos que é impossível realizar nossas tarefas ou lidar com alguma situação. Seja por um trauma que vivemos no passado ou por um medo que nos aflige, nossa psique pode nos colocar em uma situação de vulnerabilidade e de apatia, sendo assim levados pelas circunstâncias e a não atuar diante da necessidade.

Em outros casos, porém, quando percebemos o valor de nos manter ativos e de encarar os cenários que a Vida nos apresenta, somos capazes de vencer tais barreiras e lidar com os nossos dilemas. É aí que deixamos de ver as coisas como impossíveis de serem realizadas e passamos a resolver ou sanar nossas limitações.

Percebe, portanto, que no fundo o que muda é a nossa posição interna diante das situações? Muitas vezes, o problema externo é o mesmo, porém, o modo como o encaramos faz toda a diferença para acharmos soluções ou para lamentar os resultados que já estão postos naquele cenário. Logo, o que precisamos aprender é modificar internamente as nossas percepções e atuar externamente de acordo com essa mudança interna. 

No parque, Will é visto como uma aberração, da qual até Deus havia se esquecido; no circo, Will não é tratado como um deficiente, mas como uma pessoa igual às outras. A sua limitação dificulta a sua Vida e o torna diferente, mas todas as pessoas da trupe também têm as suas características únicas e passam por dificuldades. É assim que Mendez, o dono do circo, ensina: “Quanto maior a luta, mais glorioso é o triunfo”.

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Tem uma cena muito interessante em que toda a trupe está atravessando um rio cheio de pedras e todos atravessam, menos Will, em razão da sua falta de membros, mas ninguém o ajuda. A princípio, isso pode parecer meio cruel, mas era o que ele precisava para descobrir seu potencial. Vendo que ninguém iria ajudá-lo, ele resolve encarar a travessia sozinho, atingindo o máximo de seus limites. E quando começa a comemorar, pois está conseguindo realizar tal feito, ele acaba deslizando e caindo na água. Diante da iminência da morte, por afogamento, Will descobre que mesmo sem braços e sem pernas, ele consegue nadar. 

E essa foi a sua grande descoberta, pois é daí que nasce um grande artista circense com um número espetacular em que salta de uma altura enorme dentro de um tanque cheio de água. A sorte de Will é invertida ali, naquele momento de extrema dificuldade. Agora, o seu papel no espetáculo e na Vida, não é mais como alvo de ridicularização ou de pena das outras pessoas, mas sim como um símbolo de Heroísmo, Força e Superação, que traz Inspiração e Esperança para todos que o assistem.

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Esse curta nos dá uma grande lição, nos mostra que podemos mais do que acreditamos que podemos. O que nos atrapalha é a nossa autopiedade, o sentir pena de si mesmo. Por vezes nos colocamos no lugar de vítima, pois isso atende ao nosso comodismo, nossa zona de conforto. É mais cômodo não agir e não crescer usando como justificativa as nossas dificuldades. Mas não foi para isso que nascemos.

É preciso esgotar nossos últimos limites, nós sempre podemos mais. A Natureza é econômica, ela só potencializa quem precisa da potência. Se estamos sempre fugindo das dificuldades, optando pelo mais fácil, o menos pesado, a Natureza não vai gastar seus recursos conosco. Mas quando nos lançamos ao mundo com Coragem e Vontade de vencer, e quando vamos até os nossos últimos limites, aí a Natureza entra em cena e descobrimos Poderes Latentes inimagináveis.

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Que esse curta possa mudar o nosso jeito de encarar a Vida. Que possamos terminar esses vinte minutos de filme mais Fortes, mais Valentes e mais Encorajados para vencer as dificuldades da Vida.

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