Um jovem viúvo, que gostava muito do seu filho de cinco anos, estava trabalhando quando bandidos puseram fogo na cidade e levaram seu filho. Quando o homem voltou para casa, viu tudo destruído e entrou em pânico. Pegou o corpo queimado de uma criança que toma por seu filho e chora copiosamente. Em luto, organizou a cerimônia de cremação e pôs as cinzas num bonito e pequeno saco, que passou a carregá-lo sempre consigo.
Um pouco mais tarde, seu filho verdadeiro escapa dos bandidos e acha o caminho de casa. Chegando na nova casa de seu Pai, tarde da noite, bate à porta.
O Pai, ainda desgostoso, pergunta: “Quem é?”
A Criança responde: “Sou eu, Pai, abra a porta!”
Mas em seu agitado estado de Alma, convencido de que seu Filho já está morto, o Pai pensa que algum menino o está ridicularizando.
Ele então grita: “Vá embora”, e continua a chorar.
Depois de algum tempo, a Criança vai embora. Pai e Filho nunca mais se encontram de novo.
(…)
Sobre esta história, Buda disse: “Às vezes, achamos que alguma coisa é Verdadeira. Se nos apegamos fortemente a esta “verdade”, mesmo que a Verdade bata à nossa porta, não a abriremos.”
Assim, serve de lição para as nossas vidas.
É preciso estarmos de Coração aberto para enxergarmos as coisas como elas são. Por vezes sofremos por algo irreal e nos distanciamos, cada dia mais, da nossa realidade. Quando nos fechamos para essas “verdades”, perdemos as oportunidades que quase nunca voltam.
Em um mundo onde a mentira se camufla de Verdade e nos confunde perdidamente, precisamos querer abrir a porta e ver, com os olhos e com o Coração, aquilo que está chamando. Trazendo para a nossa vida, para o nosso cotidiano, precisamos desenvolver a Curiosidade Saudável de ir além, de ir em busca, de desenvolver a nossa Intuição. Não é Justo pecar pelo excesso quando podemos ir em busca das respostas!