Se olharmos para o céu em um lugar com pouca poluição luminosa, com sorte veremos uma vastidão de estrelas. Mas toda essa imensidão, vista a olho nú, é só um braço de uma única galáxia, a Via Láctea, da qual o nosso Sol é apenas uma de suas 100 bilhões de estrelas. Imagine que, usando telescópios sofisticados, nós conseguimos perceber outras galáxias, para além da Via Láctea, muito mais além do que nossos olhos físicos podem alcançar. No entanto, mesmo com toda a tecnologia existente, a nossa percepção de outros mundos ainda é muito limitada. Existem os limites dos nossos equipamentos, mas existe algo ainda mais complexo, que são os limites do “Universo Observável”, e para além desses limites, os corpos estão tão longe uns dos outros que a luz que eles emitem, ou refletem, não chegou ainda até nós. Ou seja, mesmo viajando na velocidade da luz, a informação não chegou aqui na Terra. Por isso que, para além da nossa realidade física, somos completamente inconscientes.
Calcula-se que, dentro dos limites do Universo observável, existam pelo menos 10 trilhões de galáxias, semelhantes ou maiores que a Via Láctea, com trilhões e trilhões de estrelas, e um número incalculável de planetas. Nessa escala, se conseguíssemos uma foto panorâmica, a terra estaria tão minúscula que nem conseguiríamos notá-la, como um grãozinho insignificante. Então, por que somente nesse grãozinho invisível haveria Vida inteligente? Por outro lado, se existem seres inteligentes em outros planetas, por que não conseguimos ainda firmar um contato? E por que essas perguntas são importantes para a Humanidade?
A hipótese da Vida inteligente e complexa ser uma exclusividade deste minúsculo ponto azul, chamado Terra, vai ficando cada vez mais absurda à medida que a nossa civilização descortina os Mistérios do Universo. A cada planeta descoberto, orbitando outras estrelas que não o Sol, a cada nova galáxia confirmada, a comunidade científica sente um calafrio de ansiedade. É provável que nós sejamos protagonistas ainda nesta geração de uma grande revolução científica, pois tudo sinaliza que estamos na iminência de comprovar a existência de Vida complexa fora da Terra. É certo que há quem defenda o contrário, que a Vida só é possível neste planeta, é a chamada “hipótese da Terra rara”. O livro Rare Earth, publicado por Peter Ward e Donald E. Brownlee em 2000, traz uma série de explicações na tentativa de justificar uma possível exclusividade da Terra em relação à Vida biológica. O principal argumento é que a existência da Vida inteligente, como conhecemos, depende de um equilíbrio de inúmeros fatores, como se fosse uma Harmonia de vários instrumentos numa orquestra. Por exemplo, se a Terra fosse um pouco mais próxima ou mais distante do Sol; se não existisse um planeta do tamanho de Júpiter na nossa “vizinhança”; se não existisse a atmosfera; se um meteoro não tivesse eliminado os dinossauros…Não existiria Vida no nosso planeta. São inúmeros fatores, e a pequena mudança em apenas um deles já mudaria completamente a história, impedindo o surgimento do Homo Sapiens. Por outro lado, o pesquisador da NASA, Kevin Hand, um dos responsáveis pela missão que busca Vida na sexta lua de Júpiter, defende que em duas décadas, pelo menos, descobriremos uma civilização extraterrestre, pois nos últimos vinte anos, o avanço da astrofísica vem revelando cada vez mais informações sobre o Universo.
Mas se é tão provável a existência de extraterrestre, por que não temos contato? Existem várias possibilidades para essa pergunta. É possível que nenhuma civilização extraterrestre tenha durado tanto tempo a ponto de desenvolver meios de estabelecer um contato, ou é possível também que o contato exista, mas ainda não temos meios de perceber, ou ainda é possível que o contato tenha existido em algum momento e hoje convivemos com os vestígios desse contato sem entender do que se trata. Essa última hipótese é fortemente defendida por um escritor suíço chamado Erich von Däniken, autor do livro “Eram os deuses astronautas?” Nesta obra publicada em 1968, antes ainda do Homem ter ido à lua, Daniken defende que as antigas civilizações são resultantes da presença de alienígenas na Terra. Para isso, apresenta evidências desse contato através das pirâmides egípcias e das pirâmides incas, correlaciona também essa ligação com as estranhas linhas de Nazcas, que são curiosas figuras desenhadas em escalas quilométricas em um planalto no sul do Peru, entre outros misteriosos achados de civilizações antigas.
O vídeo abaixo do Nerdologia traz mais informações sobre o tema:
A busca por esse Mistério revela que há uma inquietação dentro do coração Humano. Há uma força intuitiva dentro de todos nós que não permite que nos conformemos com este plano, com esta existência, com esta finitude e com esta materialidade. Todos nós temos uma busca interna por algo maior e desconhecido. Desde que o Homem é Homem, olhamos para a vastidão das estrelas e fazemos perguntas. É justamente desse fascínio pelo Mistério que nasce a filosofia, as ciências, as artes e as formas religiosas. A inquietação e a busca desses aspectos inconscientes da realidade são mais fantásticas e mais benéficas que a própria descoberta de seres em outros planetas. Esse motor que move a Humanidade em direção às estrelas já é o grande achado. Buscamos outras civilizações porque não nos conformamos com estes limites que estão postos, e se fazemos isso, é porque temos algo que é Ilimitado, Infinito e Eterno dentro de nós. “Estamos sozinhos no Universo?”. A pergunta em si já é uma evidência da grandeza do Espírito Humano. Seja pela via científica, religiosa, filosófica ou de qualquer outra forma, devemos sempre buscar esse algo que é Eterno, olhando para as estrelas e olhando para dentro de nós mesmos.