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A Esperança é o que nos faz Viver

Em 1957, o pesquisador Curt Richter realizou um experimento com ratos intitulado “Experimento da Esperança”. Neste experimento, foram realizados testes de tempo de sobrevivência na água com 3 grupos distintos de ratos. O 1º grupo era de ratos selvagens, que não estavam habituados ao convívio humano ou ambientes domésticos, diferente do 2º e 3º grupos, de ratos de laboratório.

Richter pretendia avaliar por quanto tempo os ratos lutariam para sobreviver imersos num recipiente com água, antes de se afogarem. Um experimento um tanto mórbido, não é mesmo?

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Os ratos do primeiro grupo, mais estressados do que o normal por conta do fator humano, em poucos minutos desistiram de tentar sobreviver. Os ratos do segundo grupo, passaram mais tempo, média 15 minutos tentando sobreviver. Já no terceiro grupo, Richter fez algo diferente, quando o tempo estava próximo dos 15 minutos, os ratos já cansados, ele os retira da água. Seca-os, e coloca-os num ambiente sem perigo, gerando condições para que se tranquilizem. E após recuperarem seu estado natural, insere-os novamente no recipiente com água. Incrivelmente, o quadro mudou, e o tempo de sobrevivência passou de 15 minutos para 60 horas! Aumentou em 24.000%!

Um experimento um tanto duro de se comentar, afinal, sentimos uma grande dó dos ratinhos, mas que traz uma questão para refletirmos: qual o fator que fez com que os ratos lutassem muito mais pela vida do que antes? Podemos chamar o fator ESPERANÇA. O 3º grupo, nos seus últimos segundos de sobrevivência, foi salvo. Foi gerada uma esperança de sobrevivência neles, o que fez com que eles persistissem muito mais no segundo mergulho.

Bom, se a esperança num animal pode gerar tamanha força de vontade e de luta, imagina no ser humano. Até onde um homem pode chegar repleto de esperanças? Quão pouco um homem desesperançoso pode mover-se? Tantas vezes já ouvimos o discurso de muitos que perderam suas esperanças, que acreditam que a humanidade não tem mais solução e que daqui para frente só haverá piora… Quanto tempo esses homens aguentariam em um recipiente com água?

Dizem que um homem sem sonhos é um homem sem vida. E o que seriam os sonhos, senão uma semente de esperança plantada para o futuro?

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São os sonhos e esperanças que mais motivam o ser humano, que o faz vencer barreiras, superar obstáculos, desafiar-se, cair e levantar-se. Com o experimento dos ratos vimos a força que a esperança deu para continuar sobrevivendo, imagina essa força em um homem? Num momento de pandemia como este, mais do que nunca precisamos alimentar nossas esperanças. É essa sã expectativa de que o cenário irá reverter e a vida normalizar que devemos manter acesa em nossos corações. É por essa esperança que vamos viver a quarentena de forma consciente, responsável, saudável e tranquila. A falta de esperança gera angústia, medo, e ansiedade que muitos hoje enfrentam, e a quarentena se torna uma verdadeira prisão.

O estado psicológico que a quarentena e o vírus geram hoje em dia é como o recipiente com água que estamos mergulhados. Ante esse estado, não vamos desistir rapidamente de lutar, como fez o primeiro grupo. Que façamos como o terceiro grupo, no momento de desespero e desesperança, saiamos um pouco da água, lembremos de ideias inspiradoras, dos nossos sonhos, das nossas metas, imaginemos o futuro, e aí recuperamos o fôlego para voltar à batalha. Se os ratinhos aumentaram sua vida em 24.000% , o quão longe podemos chegar com a esperança em nossas mentes e em nossos corações?

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