(Créditos: Filmfreeway)
Vivemos em um momento que nunca foi tão fácil nos conectarmos uns com os outros. Com a chegada das redes sociais, essa aproximação aumentou de modo exponencial. No mundo virtual é possível se comunicar com pessoas diversas e de lugares muito distantes. Mas, e na vida real? Será que aumentou a interação na mesma proporção, ou será que nos distanciamos das oportunidades de interagir que somos cotidianamente expostos? Conseguimos ter uma relação saudável com todos que encontramos diariamente? Ou será que nem percebemos o que está ao nosso redor?
(Créditos: Lost Histories)
O curta de animação abaixo, chamado Mr. Indifferent (2018), expõe um comportamento muito atual. Se você não conhece alguém como o protagonista, analise bem, pois pode descobrir que se trata de você mesmo. O curta mostra um homem, o Sr. Indiferente, e a forma como ele se comporta no cotidiano, nos relacionamentos com as pessoas que encontra pelo caminho. Ele se depara com várias oportunidades para interagir e ajudar o outro de alguma forma, mas escolhe não fazer. Até que algo o transforma e ele passa a encarar a vida de forma diferente, aproveitando mais as oportunidades de ajudar o próximo, chegando ao ponto de reproduzir o mesmo gesto que o transformou. É uma reflexão que nos leva a pensar sobre empatia. Sobre a importância de fazer a diferença na vida do outro. Que não se limita apenas em se colocar no lugar de outra pessoa, mas engloba se despir dos próprios preconceitos e estereótipos já definidos, e assim agir.
Estamos acostumados a ver os problemas do mundo, os defeitos das pessoas, mas sempre mantemos as nossas mãos dentro de nossos bolsos, sem realizar nenhum gesto para transformar a nossa realidade. Por mais que, nas redes sociais e em conversas de bar possamos fazer as nossas demonstrações de indignação e revolta com os problemas do mundo, na prática, quando estamos diante dos problemas reais, geralmente encarnamos Mr. Indifferent. E para facilitar nossa vida, às vezes fingimos nem estar vendo.
(Créditos: Youtube)
É necessário se abrir para o novo, conhecer esse outro universo que é “o Outro”, escutando com empatia e destruindo os bloqueios que não nos deixam compreender outras visões. Precisamos, de forma muito prática e objetiva, mover as nossas mãos. Realizar ações que sejam importantes na vida das pessoas. Um ato bondoso não só proporciona sentimentos agradáveis em quem o recebe, mas simultaneamente em quem faz.
Há uma frase que é muito repetida ultimamente: “O contrário do Amor não é ódio, mas sim a indiferença”. E isso está certo, o que vence a indiferença é o Amor. Mas o que muitas vezes nos esquecemos, é que o Amor não é uma simples emoção, mas sim um grande sentimento que se traduz em ação. Devemos, então, nos voluntariar em causas que melhorem a vida das pessoas, para que assim possamos multiplicar o bem, transformando o mundo à nossa volta em um lugar muito mais bondoso, belo e justo. E desta forma, transformaremos também a nós mesmos, em pessoas que fazem a diferença.
(Créditos: Filmow)