O Amor Proibido Que Moldou o Fado!

Uma das melhores formas de se conhecer a essência de um povo é escutando a sua música. O sábio chinês Confúcio já dizia: “A Música surge do coração humano. Quando são tocadas as emoções, estas se expressam em sons, e quando os sons tomam formas definidas, temos a Música”.

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(Créditos: tamegasousa)

Em nosso país, o samba é um bom exemplo disso. As obras de Cartola, Nélson Gonçalves e Noel Rosa, por exemplo, retratam muito bem a vida do povo brasileiro, sem muita erudição, mas com muita sinceridade e emoção.

Nossos irmãos portugueses também tem o seu estilo próprio de música, o Fado. Geralmente é cantado por uma só pessoa, chamada de fadista, e acompanhado por um violão, conhecido como viola no meio fadista, e uma guitarra portuguesa. Muitos atribuem a sua origem, à influência árabe na Península Ibérica, outros contestam essa versão, mas a realidade é que o Fado nasce como uma expressão espontânea do cotidiano do povo que trabalha, se diverte e convive nas casas, ruas, viela, cafés e bares.

Em um primeiro momento, o estilo musical é atribuído à marginalidade, mas depois é reconhecido como genuíno representante da cultura portuguesa. Em 2012 o Fado foi elevado à categoria de Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Sobre esse reconhecimento do Fado como um casamento entre a cultura erudita e a cultura popular, o Portal do Fado explica:

“Atestando a comunhão de espaços lúdicos entre a aristocracia boémia e as franjas mais desfavorecidas da população lisboeta, a história do fado cristalizou em mito o episódio do envolvimento amoroso do Conde de Vimioso com Maria Severa Onofriana (1820-1846), meretriz consagrada pelos seus dotes de cantadeira e que se transformará num dos grandes mitos da História do Fado, referencial agregador da comunidade fadista. “

O amor entre o Conde e Maria Severa, símbolo do Fado, foi retratado em várias expressões artísticas diferentes, tendo como obra mais marcante o romance “A Severa”, de Júlio Dantas, publicado em 1901 e transportado para o cinema em 1931, naquele que seria o primeiro filme sonoro português, dirigido por Leitão de Barros.

Bem, para conhecer melhor uma música, é preciso escutá-la, não é mesmo? Então seguem abaixo alguns fados para apreciarmos:

Amália Rodrigues Fado Português:

Mariza – Gente da Minha Terra ao vivo em Lisboa:

Carlos do Carmo, um homem na Cidade:

A música serve como entretenimento, claro, mas podemos também, tentar compreender melhor os sentimentos e anseios que nossos irmãos portugueses imprimiram nessas canções. Talvez este simples exercício nos ajude a abrir nosso coração, a sermos mais fraternos, a sermos mais Humanos.

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