Nós olhamos para o céu e admiramos toda sua beleza. Ficamos aqui de baixo imaginando o que há no Infinito. Não importa o quanto esticamos os braços em direção ao céu, nunca parece ser suficiente para alcançá-lo. No entanto, já há aviões cruzando nuvens, foguetes espaciais passando do limite da Terra, astronautas flutuando no espaço…
Da mesma forma que parece que não conseguimos tocar o céu, nos sentimos incapazes de absorver tudo aquilo que ele nos oferece. Todas as luzes que chegam desde distâncias inconcebíveis, que conhecimento elas nos trazem? O que elas querem nos transmitir?
Ainda com todos esses avanços tecnológicos, e o Homem chegando aonde nunca ninguém foi, descobrimos que os limites do Universo estão mais distantes do que imaginávamos. Será que o alcançaremos? Como é que o alcançaremos?
E se voltássemos no tempo, e tentássemos entender como alguns grandes homens e mulheres foram capazes de desvendar grandes mistérios do Cosmos, sem fazer uso de nenhum desses equipamentos que usamos hoje? Como Giordano Bruno pôde afirmar que o Sol era só mais uma estrela e que as estrelas eram outros sóis, cada uma cercada de outras terras como a nossa? Como Hipátia sabia que os planetas tinham órbitas elípticas? Como Helena Blavatsky sabia que o microcosmos de um átomo era tão dinâmico e semelhante ao macrocosmo dos sistemas estelares? Alguns dizem que eles deram bons palpites, mas todos eles dedicaram suas vidas completas pelas ideias que acreditavam, e por isso sofreram muitos ataques de uma sociedade que ainda não estava preparada para as verdades que eles já conheciam. Quem em sã consciência escolheria ir para a fogueira para não abrir mão de um “palpite”?
Por mais avançadas, caras e complexas que sejam as nossas máquinas, nenhuma poderá nos levar tão longe quanto a ferramenta que foi desenvolvida pela própria Natureza, a Mente Humana. Adentrando na profundidade do nosso próprio Ser, podemos encontrar as respostas para os mistérios de todo o Universo. E talvez aquela frase escrita no templo grego de Delfos, por um povo que acreditava em deuses, não seja apenas uma fantasia: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o Universo!”.
A gravidade mantém os nossos pés no chão, e isso é muito bom, mas não deixemos que ela detenha os nossos sonhos. O céu não deve ser o nosso limite, mas sim uma inspiração. Precisamos sempre estar com o olhar nas estrelas e a mente em busca do Infinito.