Tecnologia: Nos Fez Avançar ou Retroceder?

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Com tantas invenções e inovações tecnológicas, você já reparou que os produtos diminuem de tamanho, conforme se tornam mais avançados e desenvolvidos? Por que será que há essa readequação? Menor peso para mais mobilidade e facilidade é uma das justificativas. Isso porque em um mundo tão tecnológico, no qual se produz cada vez mais materiais, ocupar menos espaço é garantia de sobrevivência. É só analisar, por exemplo, o tamanho de muitos apartamentos que são construídos atualmente.

Ao longo da história, isso também fica perceptível com os computadores. Sua criação remonta o período da Segunda Guerra Mundial, com a máquina inventada por Alan Turing, famoso matemático que teve parte de sua história contada no filme “O Jogo da Imitação”. Apesar da inovação, essa primeira peça não era eletrônica. A chegada do computador digital eletrônico ocorreu em um período próximo, 1946, com a máquina ENIAC. O desenvolvimento da máquina veio do exército norte-americano para fins de pesquisas balísticas, como você pode conferir no vídeo abaixo.

É bom perceber que a tecnologia avançou não apenas para fins militares, mas também para outros caminhos de transformação, ajudando as pessoas nas suas atividades diárias. Entretanto, é importante que façamos uma reflexão e coloquemos na balança se esses avanços promovem mais benefícios ou mais efeitos negativos.

Por exemplo, o uso do smartphone na sua vida traz mais realizações ou frustrações? Às vezes, fica difícil perceber as consequências por ser uma tecnologia que está cada vez mais ligada à vida das pessoas, seja a nível social ou pessoal. O celular tornou-se, em muitos casos, parte do corpo e da mente do ser humano. É necessário, então, colocar numa balança (ou ir além da metáfora: colocar em listas) os prós e contras da tecnologia em sua vida.

Tudo está ficando cada vez mais tecnológico, que nem sequer encontramos tempo para pensar sobre isso. Será que Alan Turing teria imaginado a dimensão desses avanços? Este texto não é uma crítica negativa à tecnologia, muito pelo contrário, é óbvio que ela beneficia milhões de pessoas diariamente. Assim como as substâncias químicas, se soubermos administrá-las com consciência e nas proporções certas, elas funcionam como remédios. Mas se perdemos o controle e nos tornamos dependentes delas, elas se transformam em um vício. O uso que fazemos dela é o que define se é algo bom ou ruim. Assim, deveríamos aprender a utilizar as tecnologias como ferramentas para nos unir às pessoas e para nos tornar indivíduos melhores, diferente da realidade que vivemos hoje.

Para ficar mais claro, imagine uma criança que, por ter alguma condição econômica e acesso a tecnologia, passa muito tempo presa nos jogos eletrônicos, ou com redes sociais na internet. Por outro lado, imagine uma criança mais pobre, que não tem tanto acesso à tecnologia, por isso segue se divertindo com a antiga tradição de jogar futebol com os amigos na rua, com uma bola velha e usando os chinelos como traves do gol. Esse garoto corre o risco de cair, se ferir, perder o “tampo do dedo” (quem nunca?), e cedo ou tarde vai acabar brigando com algum colega e voltar chorando para casa. Mas, apesar disso tudo, é esse tipo de experiência que garante que ele seja um adulto mais saudável, com maior consciência corporal e maior capacidade para se relacionar com as outras pessoas. Enquanto isso, a crianças presas ao mundo virtual, estão se tornando adultos despreparados para o mundo real, incapazes de lidar com frustrações ou respeitar a autoridade de um chefe, por exemplo.

Este é um dos maiores desafios do mundo moderno: lutar para que as máquinas não tirem de nós a nossa humanidade.

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