Nossa história de hoje é ensinada pela tradição indiana. É um belo conto sobre onde podemos encontrar contentamento e felicidade… Conta-nos a história de um homem que descobriu de uma maneira inusitada que o paraíso pode estar mais perto do que ele pensava.
De certa forma, todos nós somos esse homem. Vivemos à procura de um paraíso. Um lugar de satisfação plena, onde seremos completamente felizes. O problema é que sempre vivemos esperando a chegada do tempo perfeito, mas isso é uma ilusão. Essa “perfeição” que tanto desejamos, não existe nesse mundo, e se criarmos essa expectativa de alcançá-la, viveremos uma eterna frustração. E quando chegarmos ao fim da nossa experiência neste mundo, olharemos para trás com uma sensação de fracasso. O problema é que este fracasso também é uma ilusão, afinal de contas, não é justo dizer que alguém fracassou se a missão era impossível.
Então, esta nossa meta, a nossa realização não pode estar sempre num futuro fantasiado. Tudo aquilo que nos falta para vivermos a felicidade sonhada, deve ser encontrado no momento presente. Deve ser hoje, a partir de agora, neste exato instante, que você deve começar a viver o paraíso com que sonha. O paraíso é uma conquista, um estado de consciência, e isso só é possível, para aqueles que percebem a beleza de qualquer vida.
Como dito no vídeo, há um caminho propício para a felicidade. Epicuro e tantos outros grandes pensadores da Humanidade, que dedicaram suas vidas tentando encontrar o caminho para a felicidade, nos deixaram lições valiosas. E a principal delas é que, se não pudermos encontrar a felicidade no momento atual, na situação em que vivemos agora, não será o futuro ou as circunstâncias que nos trarão esta tal “felicidade”.
Como o protagonista de nossa história, só basta você mudar de direção e talvez poderá ver que o paraíso sempre esteve com você. É possível que tenha sido amado, é possível que tenha realizado alguns sonhos, é possível ainda que tenha chorado… E tudo isso fez de você amoroso, generoso e forte. Então, por que desejar outra vida? A melhor felicidade é aquela que pode ser conquistada de olhos abertos, de peito estufado, em plena luz da vida! Se você fosse um viking na antiguidade clássica, seu paraíso seria um campo de batalha. Parece bárbaro, mas não é uma ideia tão ruim assim, se pensarmos que em nossas vidas todos vivemos algumas guerras. Pensar que nós poderíamos encontrar paz e felicidade no meio da batalha do dia-a-dia, na luta pela vida, guerreando contra nossos vícios e desenvolvendo virtudes. Não é um quadro tão feio.
Quem dera, encontrássemos um distraído caminhante, que esbarrasse em nós, e nos reposicionasse na vida, nos levando a ver beleza nas coisas simples que nos coube viver nesta experiência. Mas, não devemos colocar nossas esperanças na sorte! Havemos de arregaçar as mangas e construir a nossa própria felicidade. Foi Aristóteles quem disse que a felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade. Então, vamos para a ação! Vamos agir, vamos amar, vamos crescer. Não há vida sem ação, então como haveria felicidade sem agir? Mas, não é toda ação que pode nos fazer humanamente feliz. Ainda que algumas nos tragam satisfação momentânea, isso não significa felicidade. Para Aristóteles, a felicidade é uma atividade da alma dirigida pela virtude. Ou seja, só alcançamos a verdadeira felicidade quando agimos sendo guiados pela bondade, pela justiça, pela compaixão etc.
Este conto pode ser uma poderosa bússola na sua busca pelo paraíso perdido. Você pode olhar a vida à sua volta, com mais gratidão e profundidade. E pode trilhar o caminho para ele, sem precisar sair de casa. Não perca mais tempo, é chegada a hora! Vamos plantar cada árvore desse novo Éden, cultivar cada animal. Mas, cuidar de fazer florescer, antes de qualquer coisa, nossos melhores frutos humanos: sabedoria, virtudes e valores.
Sim! É verdade. O paraíso existe, é possível e é uma questão de escolha!